Eba.
Mais um documentário sobre um pilantra que deu golpe em um monte de gente nos EUA com esquema de pirâmide, quer dizer, esquema Ponzi e mais uma vez a gente tenta entender como as pessoas caem na falácia do cara.
Só que antes de falar da história em si, já aviso que esse filme tem uma pegadinha tão escrota no final que eu quase nem falo dele por aqui. A sorte que essa pegadinha não interfere na história do truqueiro mas só me deixou com raiva da produção toda do filme que quis se passar de espertalhona. E falhou miseravelmente.
Mas vamos ao que viemos, que é a história de Zachary Horwitz, um bonitão fortão filho de classe média abastada, que saiu da escola cheio de dinheiro pra abrir uma cafeteria moderninha que fez um super sucesso e que logo depois resolveu ser ator em Hollywood só por ser bonitão e fortão e ter grana mas sem ter o menor dom para tal.
O que a gente descobre neste documentário sem ter nenhum depoimento do pilantrão mas com entrevistas com quem perdeu o dinheiro da vida e com investigadores do FBI, Zach se mostra um gênio do crime.
Ele montou uma produtora/distribuidora de filmes onde ele principalmente, tudo entre aspas, comprava filmes internacionais e os vendia para gigantes do streaming como HBO e Netflix.
Como ele conseguiu esse início? Pedindo dinheiro para sua família, para seus amigos próximos e para amigos e famílias desses amigos próximos.
Só que esses esquemas de pirâmide ou neste caso, Ponzi, que é explicado no filme, ele sempre precisa de novos investidores para que ele consiga pagar os antigos investidores e faça com que o esquema continue funcinando.
O que não fica super explicado é como Zach conseguiu que sua produtora, que se chamava 1 In a Million, 1 em um milhão, tivesse um suporte ótimo de escritórios famosos de advogados, de empresários, de bilionários, com cartas e acordos que ele mostrava para seus investidores e esses caras, que entendiam de dinheiro mas nada de cinema, continuavam dando dinheiro para o cara.
Uma coisa bem interessante é que Zach, em sua furada carreira de ator, só fez filmes bem ruins que nunca nem chegaram a ser distribuídos nos streamings, onde ele sempre fazia papel de… pilantra, bandido e afins. Assim, a produção mostra muito do que Zach fazia na vida real em seus esquemas através de frases que ele falava nos filmes onde atuava. Inclusive, Zach começou a ter papeis maiores em filmes menos insignificantes quando ele propunha pagar pelos papeis que fizesse.
E funcionou.
Até que Zach focou mesmo no seu esquema e ganhou um total de quase 750 milhões de dólares. Ganhou não, levantou, roubou.
MAs como a gente vê em todo documentário sobre esses “negócios”, o esquema de Zach parou, estacionou, e ele não conseguiu mais pagar os investidores seus lucros. E a coisa explodiu e o povo se ligou que a produtora era em esquema Ponzi, o FBI foi acionado e vocês podem imaginar onde Zach terminou. Ou como ele terminou.
Eu sempre falou que os gênios do crime deveriam usar sua genialidade, sua esperteza, suas ideias incríveis para o bem mas não, esse povo só funciona a base do imoral, do ilegal e Zach se mostrou um dos piores de todos, como vemos no filme.
NOTA: 1/2