Mamífera é mais um filme espanhol que eu vi na Mostra de São Paulo que eu não entendo porque está na Mostra e pior, porque venceu o prêmio de melhor direção no SXSW este ano.
O filme é legalzinho, mas de novo, não é nada demais.
O que eu tenho usado de referência é se o filme que eu estou assistindo poderia ter sido uma novela da Record.
Este poderia.
Mamífera é a história de Lola, uma artista plástica bacana, cheia de amigas, se dá bem com a família, mora com o namorado mas… não tem filhos.
Sua irmã já tem 2 filhos, que Lola cuida de vez em quando.
Suas amigas ou estão grávidas, ou estão com filhos pequenos ou estão tentando engravidar, o que deixa Lola num estado de pária.
Estado que ela mesma se colocou, já que ninguém a cobra de nada.
Mas ela sofre e faz as pessoas a seu redor também sofrerem sem saberem o porquê.
Até o dia que ela descobre que a dor de barriga que vem sentindo é, adivinha, uma gravidez.
Indesejada.
Acho que a vontade da diretora Liliana Torres é discutir o papel dessa mulher na sociedade, o papel da mulher que não quer ser mãe.
Mas o que pareceu o filme pra mim foi uma problematização desnecessária, obviamente como toda problematização nesses dias.
Não quer ter filhos? Beleza. Ninguém tá te cobrando de nada.
Agora, se você acha que as pessoas estão te cobrando, que você está carregando o peso do mundo problematizado nas suas costas, acho que você deveria mudar de terapeuta porque um filme sobre isso é sem graça e juro que não vai ser lembrado.
NOTA: 1/2