Michael Winterbottom é um dos meus diretores preferidos, um inglês que faz tudo e muito bem feito, da comédia ao documentário, muito drama incrível e o melhor, sempre filmes com a melhor trilha sonora e também filmes sobre a melhor trilha sonora.
Fazia um tempo que ele não lançava nada novo e Shoshana é um filme que me deixou feliz, mesmo sendo um filme quase genérico.
Shoshana é um projeto bem antigo de Winterbottom, já havia sido anunciado com outro elenco mas finalmente ele conseguiu realizar a história de Shoshana Borochov, na Palestina dos anos 1930/1940 governada pelos britânicos.
Shoshana era filha de um dos fundadores do Sionismo Socialista e se apaixona por Tom Wilkin (Douglas Booth), um oficial britânico que está lá exatamente procurando os militantes sionistas mais radicais para prendê-los e acabar com o que daria início ao que vemos hoje na região.
O filme é novelão, drama de vai e volta, de segredos, enganos e um amor incontrolável entre o casal principal mas que não é nem lá nem cá, nem é um filme totalmente político nem um filme totalmente “de romance”.
Além do mais, com o que vemos na invasão da Palestina hoje em dia, só pude torcer contra os sionistas e a heroína do filme é uma delas, mesmo sendo em princípio mais moderada, tanto que se apaixonou por um britânico.
Só consegui ficar impressionado com a russa Irina Starshenbaum que vive Shoshana, que não só rouba o filme como roubou meu coração. Cafona, né, mas é verdade.
NOTA: 1/2