Príncipes Perigosos é mais um filme pop pós adolescente bem bacana da Netflix, nível Biônicos.
Só que este é mexicano, dirigido pelo ótimo Humberto Hinojosa. E outra comparação é com Bling Ring, da Sofia Coppola.
O filme começa com um ladrão entrando na casa de uma família bem rica, daquelas casas milionárias gigantes de paredes de concreto. O meliante espera a família sair super bem vestida, no melhor carro da casa, para um jantar e entra já socando a empregada (que é como a funcionária é tratada) e o filho mais novo que ficou sozinho.
Quer dizer, isso é o que a funcionária ouve porque na verdade o meliante é o melhor amigo do filho milionário e esse é mais um assalto da pequena gangue de ricos que roubam pelo bel prazer da impunidade e também pra juntarem muito dinheiro pra… nada.
O que eles não contavam é que o policial encarregado do caso do assalto (Alfonso Herrera), indicado pelo alto comissário de polícia, amigo do dono da casa e pai do meliante do bando, é um profissional focado em resolver o caso.
Enquanto a gente acompanha toda a barbárie cometida pelo grupo de riquinhos, dos assaltos, das baladas, das festinhas, das drogas, do sexo, a gente também acompanha, mesmo que em segundo plano, o trabalho policial que vai se desenrolando de formas não muito “católicas”, como diria minha avó.
A precisão do diretor disfarçada de despretensão deixa o filme bem leve, com essa aura pop mas sem perder o cuidado que vem do roteiro e vai até uma direção de elenco bem cuidadosa, principalmente no quarteto principal dos jovens delinquentes.
NOTA: 1/2