O horror Uma Natureza Violenta abriu um caminho que eu não sabia que poderia existir, o dos filmes de horror bem violentos e bem contemplativos.
O filme foi criado para ser quase um filme iraniano, daqueles que a gente acompanha o homem que quer morrer enquanto procura quem o matar, ou do menino que segue um balão voando por uma cidade sem saber se vai conseguir pegá-lo mas sem perder a esperança de que vai sim.
O horror contemplativo o monstro não tem pressa pra matar, porque ele não só tem a esperança mas também te a certeza de que vai encontrar sua próxima vítima, por mais que ela corra e se esconda.
E o filme dá certo.
The Beast Within tem essa vibe de horror do Irã, de vagareza, de contemplação mas eu acho que aqui por motivos errados.
A ideia do filme é pequena, é simples, e o diretor Alexander Farrell tentou esticá-la até a corda arrebentar.
Não arrebentou, mas também não serviu nem pra tirar um som.
Willow, de 10 anos de idade, vai com seus pais para uma casa no meio da floresta constantemente onde seu pai passa por alguma coisa que ela nunca soube mas que agora ela descobriu sem querer (querendo).
Seu pai Noah (Kit Harington, que aqui prova que não é bom ator MESMO e não sabe de nada, Jon Snow) se transforma em bicho, em fera, em besta, bem violento.
Tão violento que sua esposa Imogen o prende com grilhões pesados, em um quarto com portas enormes e pesadas, trancas de ferro para que ele não mate ninguém, inclusive sua própria família.
Do nada, eu achava, aparece por lá também o avô de Willow, Waylon (James Cosmo), para levar a menina embora, longe dessa desgraça que paira sobre sua família.
Ela quer ir, os pais não querem, fica uma lenga lenga, nada se resolve, nada se explica de forma relevante e aos poucos a gente vai entendendo que a história, que era um fiozinho de nada, é menor ainda.
Fuja do monstro, ops, do filme.
NOTA: