O documentário Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas não é ruim.
O problema é que estamos mal acostumados depois de Faye, o maravilhoso documentário sobre outra diva hollywoodiana, La Dunaway, que se despe de corpo e alma onde vemos o melhor e o pouco pior da carreira da mulher e todas as suas voltas por cima.
É ótimo o material contido nas fitas perdidas, usadas para criar este documentário sobre a atriz dos olhos violeta, que ela refuta no filme, inclusive, dizendo que era uma bobagem inventada por um jornalista para vender revista.
E assim era Liz Taylor: mulher focada, pragmática, muito inteligente e muita esperta, que sabia separar a vida do trabalho, sabia o que fazer, como fazer e sempre dizia para os homens a sua volta que se eles quisessem e, claro, pagassem, ela poderia gerir suas carreiras.
O ponto alto do filme é ouvir a voz de Liz Taylor conversando com o jornalista e com seu melhor amigo de vida, o ator Roddy McDowall com quem Liz estrelou Lassie, seu primeiro filme quando ela ainda era uma criança e de quem nunca mais se separou.
Mas nada do que vemos e ouvimos no filme é novidade.
Porque a vida de Liz Taylor foi tão escrutinada desde que ela virou estrela, primeiro pela beleza e depois de muito tempo quando ela conseguiu provar que era uma grande atriz.
Todos os escândalos, o casamento de mentira, depois todos os casamentos escandalosos, a furada de olho em sua melhor amiga Debbie Reynolds, como ela foi uma das primeiras atrizes de Hollywood que conseguiu negociar seus cachês e ganhar 1 milhão de dólares por filme e principalmente seu amor doido com Richard Burton.
Se você é jovem e conhece pouco de Elizabeth Taylor e ama uma fofoca, assista o filme e se apaixone por uma das maiores do cinema americano de todos os tempos, daquelas que se pode contar nos dedos de uma mão quando outras que se comparam a ela.
NOTA: 1/2