Quem ainda aguenta filme “de found footage?”
E filme “de multiverso”?
Pois não é que um diretor bem malucão chamado Graham Hughes resolveu misturar ambos os gêneros mais (b)odiados de hoje em dia e, pasmém, acertou?
Na Escócia, 2 amigas documentaristas procurando uma ideia para novo filme, resolvem pesquisar o sumiço de uma grafiteira enquanto ela estava com amigo procurando “muro”.
Ao encontrarem uma porta literalmente no meio de um cômodo de uma casa abandonada, enquanto o amigo grava com a câmera do celular, a grafiteira atravessa a porta e some, para o trauma do amigo.
As documentaristas ficam doidas com a história, principalmente depois de assistirem o vídeo que o cara fez in loco. Vão atrás da porta, acham e resolvem levá-la para casa.
Sim, já que o filme é doido, vamos levar o portal do multiverso pra casa. Pegar a “wolf door”, como é explicado no filme, colocar embaixo do braço, levar pra casa, colocar no meio da sala, abrir a porta e claro, elas ficaram chocadas com o que viram do outro lado.
Tudo super documentado, câmeras ligadas o tempo inteiro e o que eles chamam de found footage, na verdade não é found, não encontraram as imagens em lugar nenhum, elas são feitas ao vivo, então é sim uma “versão” de foound footage que na verdade seria um “live footage”. Ou cinema em si.
Um truque que funciona muito bem, como eu disse.
A tal da porta se abre mesmo para um multiverso e a parada é das mais malucas mesmo.
A vantagem de fazer um filme desses é que multiverso é qualquer coisa. Qualquer. E o diretor Hughes aproveitou essa brecha e olha, que viagem errada. No melhor sentido possível.
Toda explicação do roteiro, todas as visitas ao multiverso que as personagens fazem à procura da grafiteira, são muito bem resolvidas e de novo, funcionam muito bem mesmo que no multiverso tudo vale.
NOTA: