O canadense Jour De Chasse, Dia da Caça, é um desses filmes super metafóricos de grupo de amigos no final de semana de despedida de solteiro de um deles, se perdem.
Entre boderagem, bebedeiras e loucurinhas, eles cometem crime e acham que vão conseguir viver com a culpa.
Neste caso são uns caras que estão numa cabana na floresta caçando, literalmente, quando precisam dar uma força a uma prostituta que acabou de passar a noite com eles e foi escorraçada pelo cafetão quando ia embora pra casa.
Eles fazem uma votação para decidirem se ela pode ficar e ao ficar, ela vai ter que se comprometer a ser uma dos parças, vai ter que virar o mais “novo amigo de infância”.
Claro que ela topa.
E começa a bebedeira, as brincadeiras, as drogas, o cérebro fritando e a caça em si.
O mesmo amigo que saiu para resgatar Nina, doidão na estrada, volta de carro com outra pessoa resgatada, agora um negro que não fala nada de francês e estava perdidão.
De novo os amigos, agora com Nina junto, conversam, votam e por maioria resolvem que o cara pode ficar com eles.
E a festa recomeça.
E na festa, um dos amigos está com uma das armas da caça e claro, estupidamente dá um tiro e quando vão ver, foi no refugiado, como eles o chamam, já que não conseguem descobrir o nome do homem.
Aí começa toda a desgracêra que os brothers vão ter que enfrentar pra, como eu disse, tentarem conseguir ter um resto de vida razoavelmente normal.
Agora a história mudou e a matilha de lobos, os amigos malucões, viraram presas deles mesmo.
Mas o que fazer? Chamar a polícia? Chamar a ambulância? Chamar o pai rico?
Esta última não é opção e o que acontece é um drama de desespero para a espectador e um horror da pior espécie, daquele de perder o chão para a turminha que só queria um final de semana tranquilo.
Palmas para a diretora Annick Blanc que conseguiu em seu filme criar a pior atmosfera possível, que me deixou com muita raiva porque minha ansiedade foi para o limite da explosão e é isso que eu quero sentir num filme desses.
Claro que vi no @FantasiaFest
NOTA: