Você que aqui lê não está vendo minha cara de felicidade mas se estivesse, veria um sorriso de orelha a orelha.
A razão?
O fudido @FantasiaFest que me proporciona todo anos assistir filmes maravilhosos como Cuckoo antes do hype todo. E meus posts de anos anteriores estão aqui para provar a minha felicidade recorrente.
Cuckoo é o novo filme do diretor alemão Tilman Singer que em 2018 causou em Berlim com seu filme de horror taxístico Luz e agora causou de novo no mesmo Festival de Berlim com Cuckoo.
Sim, esse é o filme onde a pequena deusa Hunter Schafer pira pacaraio, deixando sua personagem Jules em Euphoria no chinelo no quesito loucurinhas.
Hunter ainda não é a atriz incrível que um dia vai ser mas aqui a gente já enxerga seu potencial desesperador e dramático como eu nnao sabia que estava lá e que o tonto do diretor de Euphoria não mostra.
O cuckoo do título é o passarinho do relógio cuco, o símbolo de um hotel de dar medo, famoso por ser o lugar ideal para casais passarem a lua de mel porque de lá a mulher sempre sai grávida. Garantia.
Hunter é Gretchen, filha de Luis (o incrível Marton Csokas) que volta para trabalhar no hotel anos depois de ter saído de lá com sua segunda esposa Beth grávida de uma filha que agora tem seus 12 anos de idade.
A gente achava que o único problema da história seria levar uma filha de 17 anos de idade, Gretchen, todo modernona e revoltada, como deveria mesmo ser, para morar no meio do nada. Tolinhos nós espectadores.
Aos poucos a fofa vai descobrindo pra que realmente serve o hotel e de onde vem a fama das hóspedes saírem de lá grávidas em 100% dos casos.
Cuckoo é meio que um pós Bebê de Rosemary escrito e dirigido por um diretor que é o filho doente do David Lynch com o Gaspar Noé se eles estivessem loucos de crack quando o conceberam.
Se Luz eu já tinha achado um pouco demais, Cuckoo é o muito demais.
Só que no bom sentido: pesadelo sangrento, do mal, cheio de correria, perseguições, surpresas desgraçadas numa carnificina desmedida e com um dos piores vilões do ano, Mr Konig, vivido pelo também ótimo Dan Stevens.
Ah e o filme é cheio de mulheres gritando, uma das coisas que mais amo em filmes.
A cereja do bolo é o final mais John Woo de lindeza melancólica violenta da vida de nervoso desgraçado.
NOTA: