Mais um filmão do @FantasiaFest que eu quebrei a cara assistindo.
Essa ficção científica canadense, estrelada pelo grande Elias Koteas, o muso de Crash do Cronenberg, deve ter custado uns 500 reais.
E mesmo se passando em outro planeta, com viagens extra terrestres e tudo mais, parece mesmo que custou 500 reais.
Isso de cara me incomodou porque eu pensei “como assim uma ficção científica quer que eu acredite nessa tosquice?” e eu lembrei que estamos em 2024 e a maioria da humanidade não tem esgoto em casa.
E pelo Koteas eu fui e me dei bem.
Ele vive Theodore, um assassino condenado a viver sozinho em um planeta qualquer e enviar minerais toda a semana para a Terra, enquanto ele vai pirando e morrendo aos poucos.
Bem aos poucos.
Um dia chega nesse mesmo planeta, em uma nave alienígena, Niyya (Briana Middleton), uma também condenada que chega no mesmo planeta através de um alien que a ajudou a cumprir essa pena ao invés de outra pior, já que ela foi presa por terrorismo.
Aos poucos ela vai conhecendo Theodore e chega a conclusão de que ele possa estar ligado a um evento traumático de seu passado que a levou meio que a cometer o crime que cometeu.
Ela conclui que não pode tomar atitudes precipitadas porque ele não vive suas melhores faculdades mentais e sua memória está muito abalada por já viver há muitos anos sozinho neste planeta sendo que seu único vínculo com a Terra e assistir reprises de séries de televisão, o que atrapalha um pouco sua sanidade e faz com que ele não tenha certeza do que é ou foi realidade mais.
O diretor Jeffrey St Jules se mostra um ás no roteiro, com sutilezas por vezes bem violentas até, o que me surpreendeu bastante.
The Silent Planet tem muitos adjetivos inesperados além do roteiro. Para um filme com apenas 2 personagens, o elenco tem que ser muito bem dirigido e aqui St Jules mostra o quanto é bom também já que Koteas dá um show como o assassino condenado a viver longe de tudo e de todos, que literalmente vive num mundo só dele.
NOTA: 1/2