Vou dar hoje uma pausa no #FantasiaFest por um nobre motico: o novo filme do muso Viggo Mortensen.
The Dead Don’t Hurt foi escrito e dirigido e também é estrelado pelo nosso ator preferido. Nosso e do Cronenberg.
Depois de uma estreia bem mediana na direção com Falling de 2020, desta vez ele acertou na mosca com um drama desgraçado, um faroeste como há muito eu não via. Bom, confesso que não sou omuito fã de faroestes, mas não podia perder esse do Viggo.
Se tem uma coisa melhor que o Viggo estrelar um filme que ele mesmo escreveu e dirigiu foi ele ter chamado a deusa Vicky Krieps para ser seu par romântico.
E sim, os mortos do título são bem próximos ao casal que se apaixona à primeira vista e logo vai morar no meio do nada, numa casinha bem tadinha, num vilarejo bem típico de faroeste.
Quando Holger (Viggo) aceita um trabalho longe de casa, bem longe, ele deixa sua esposa Vivienne (Vicky) sozinha em casa. Para se virar ela consegue um emprego no saloon local e lá, sozinha, apesar de ser muito mas muito poderosona, é importunada o tempo todo pelo vilão fdp do filme Solly (Weston Jeffries), filho do “dono da cidade” e por isso mesmo, um cara intocável, que manda, desmanda, bate, mata e faz o que quiser com quem quiser.
Esse tipo de vilão.
A “interação” do malvadão com nossa heroína, vai mudar toda a dinâmica do filme que vinha correndo por um rio de tranquilidade e esperança e de repente cai por uma cachoeira inesperada. E sem fim.
The Dead Don’t Hurt tem um grande ponto positivo que é ter sido editado com pulos temporais, entre passado, presente e futuro.
E quando a gente acha que sabe tudo o que está para acontecer por esses pulos, Viggo nos surpreende uma vez e depois outra e mais algumas.
Nada radical, nada de truques, nada de espertezas, só cinema bem feito com história bem contada e principalmente, com um elenco muito bem dirigido, o que pra mim é o maior dos elogios.
NOTA: