Jeff Nichols é um baita diretor que deveria fazer mais filmes em Hollywood já que um Clube dos Vândalos, sua nova empreitada, não é uma obra prima mas é alguma coisa que não se via há tempos nos filmões de estúdio.
O filme é baseado em um livro do fotógrafo e hoje diretor de filmes Danny Lyon que entre 1963 e 1967, acompanhou de perto um clube de motociclistas e lançou The Bikeriders em 1968.
Clube dos Vândalos tem como personagem principal o clube Os Vândalos em si, comandado pelo pai de família e quase um sociopata fofo Johnny, vivido por um Tom Hardy mais estranho que nunca, lindo e com olhos assassinos.
Os caras que vivem sua volta são aqueles que a gente espera ver em um filme de motoqueiros dos anos 1960, como os companheiros de Marlon Brando em filmes da época, caras briguentos, violentos, ignorantes. Mas no meio deles se destaca Benny, que com sua companheira Kathy, dão o tom de (não) romance ao filme.
O casal é vivido pelo ex-Elvis Austin Butler, que tá aos poucos fugindo desse estigma e pela favorita inglesa Jodie Comer, com o sotaque mais caipira tosco do sul dos EUA possível, como se ela tivesse nascido lá mesmo.
O filme tem um fiapo de história que conduz o roteiro mas seu segredo é ser como uma colcha de retalhos, como se fosse baseado em um livro de contos, onde uma história principal nem seria necessária, mas o foco no casal acaba servindo para mostrar o quanto Nichols e o autor do livro Lyon foram muito felizes ao criarem um roteiro forte e quase delicado ao mesmo tempo.
NOTA: