David Duchovny, o eterno muso do Arquivo X, escreveu o livro, roteirizou e dirige esta comédia dramática bem dramática com a ajuda de sua turminha do Californication.
Pamela Adlon, Evan Handler em papeis menores para o bem bom Logan Marshall-Green estrelar como o filho afastado e meio fracassado que volta ao convívio do pai (Duchovny), escritor bacana em seus últimos dias pela Terra.
Marty, o pai, tá com câncer terminal mas sofre porque seu time do coração, só perde. E ele acha que isso é uma maldição.
Quando Teddy, o filho, percebe essa tese, ele pede ajuda dos amigos do pai para tentarem reverter isso: eles tiram do pai toda forma de comunicação com as notícias, tipo jornal, televisão, rádio e mentem que o Sox está ganhando o campeonato pra que ele se anime e pelo menos tenha seus últimos tempos de vida na felicidade.
O filme, a ideia do livro e agora o filme, não é nada original e não chega aos pés do filme que o filho esconde do pai velho a queda do muro de Berlim mas o sarcasmo e a ironia escrota, marcas registradas de Duchovny, funcionam bem em suas elocubrações filosóficas de fim de vida.
Todo filme onde pai e filho se reconectam diz muito a mim mesmo, que tive esse reencontro com meu pai nos últimos 7 anos de vida dele, que apesar de todos os altos e baixos, forma fundamentais para minha saúde mental, eu que fiquei depois de sua morte.
Reverse The Curse é uma mistura de Big Fish com Fellini com delírios imaginativos de escritor dos bons que acredita nas próprias mentiras e as vive mesmo assim.
Frase mais legal do filme, dita pelo Duchovny moribundo ao filho pródigo: “gostaria que eu estivesse morrendo durante toda minha vida”.
NOTA: 1/2