A Netflix gasta milhões de dinheiros pra anunciar todos os tipos de filmes genéricos que produz e quando lança o novo petardo do mestre japonês Takashi Miike, esconde lá no meio de tudo e sorte nossa de encontrarmos.
Sorte a sua porque eu encontrei. E de nada.
Lumberjack, O Monstro é um horror quase bom.
Ideia bem boa em um filme longo demais que acaba ficando enrolado em muitos momentos.
O monstro Lumberjack é um personagem de uma história de horror infanti, meio que um bicho papão que mata suas vítimas com um machado usando uma máscara bem desgraçada.
No filme, o tal monstro é considerado um serial killer, que mata pessoas também com um machado, daí o serial killer, mas em princípio pessoas que não tem relação nenhuma entre elas, o que faz a policial forense encarregada do caso mais intrigada do que o normal, como ela mesma diz.
Akira é um advogado ricaço bem do mal, considerado um psicopata por seus amigos e clientes, que consegue sobreviver ao ataque do serial killer.
Ao mesmo tempo que ele tenta descobrir ou mesmo entender o porquê dele estar sendo perseguido pelo assassino, a policial acha que se aproximando de Akira vai ter a resposta que falta para entender a história toda.
Takashi Miike, como eu disse, enrola um pouco o filme, que perde o ritmo em vários momentos e tem um personagem principal que só desvia a atenção do que interessa no roteiro.
Mas eu adoro o diretor e adoro o foco dele na violência gráfica e muito estilizada, com banhos de sangue e fotografia pensada exatamente em mostrar o horror e o gore em seus filmes.
Aqui a ideia principal da história toda, quando ficamos sabendo, é uma surpresa boa com algumas ideias inteligentes realizadas com uma mão determinada de um diretor que sabe exatamente o que está fazendo.
Mas que se perdeu um pouco na montagem do filme já que a trilha, fotografia, direção de arte, são bem acima da média de filmes do gênero.
Espero que o filme seja sucesso e a Netfliz anime em lançar mais e mais absurdos bons desse nível.
NOTA: 1/2