Sim, Santiago, a história deste A Primeira Profecia é idêntico a de Imaculada.
Mas aqui tem roteiro bom, diretor bom e tem a Sonia Braga de irmã chefe do convento na Itália onde chega a noviça italiana para ser “empossada” como freira.
E é bem legal ver referências ao primeiro filme da série nesta prequela. Referências quase sutis, mas a gente sabe que sutileza em filme de horror nunca é tão fina.
Margaret, a noviça americana, logo que chega no convento italiano percebe que sua estada por lá não vai ser das mais tranquilas porque já tem um susto atrás do outro.
Depois ela vai morar com outra noviça, fora do convento, porque lá só moram as freiras e na primeira noite já é levada pra uma boate pra aproveitar os últimos momentos antes dos votos. Ela se joga, dança, bebe, pega um bonitinho e acorda no outro dia sem lembrar de nada, claro.
Ela se afeiçoa de Clarita, uma menina estranha que mora no convento e que logo ela descobre que pode ser a escolhida para ser a mãe do anticristo.
E esse anticristo é o Damian, da série A Profecia que a gente tanto ama.
Tudo é óbvio, mas mesmo assim o roteiro é bem construído, criando um clima crescente ao mesmo tempo que o espectador, através dos olhos de Margaret, vai vendo coisas absurdas acontecendo no convento, inclusive closes em um parto que até eu fiquei de queixo caído pela ousadia.
Fico imaginando a Sidney Sweeney de Imaculada fazendo esse filme aqui, seria perfeita, já que aqui é filme de horror enquanto lá é um suspense com um pouco de horror no final.
Além de Sonia Braga o filme ainda tem Bill Nighy como um coadjuvante de muito luxo, no papel do bispo que importa a americana para o convento.
A Primeira Profecia é um filme muito feminino, cheio de metáforas claras bem espertas, que poderiam parecer meio estranhas para a época que o filme se passa, lá no início dos anos 1970 mas que da forma que nos é mostrada, com a esperteza do roteiro, passa quase despercebido.
NOTA: 1/2