Pra começar bem, o horror de zumbis norueguês Handling the Undead (algo como Cuidando dos Mortos Vivos), é baseado em uma história homônima do grande John Ajvide Lindqvist, que também assina o roteiro, autor do super preferido Deixa Ela Entrar e Border.
Melhor credencial impossível.
Só que aqui, o filme é ainda mais existencialista que o filme da vampira criança que ao mesmo tempo que tem fome, gosta de brincar com a comida.
Cuidando dos Mortos meio que conta a história de 3 famílias que durante um dia extremamente quente em Oslo, recebem de volta em suas casas 3 membros que já estavam mortos.
Que acordaram.
Que saíram de seus túmulos.
Sim, zumbis.
A história toda é: o que fazer com os mortos vivos?
Como lidar com monstros que, diz a lenda, gostam de comer o cérebro das pessoas e transformá-las em zumbis?
O filme parece um poema cinematográfico sobre a existência humana, onde a filosofia toda sobre a vida é tragada por imagens bonitas e uma trilha bem peculiar e apropriada.
O filme é estrelado pelo nosso casal nórdico preferido, Renate Reinsve e Anders Danielsen Lie, diretamente de A Pior Pessoa do Mundo, confirmando essa predileção e mostrando que eles são capazes de muito mais.
O que me pegou foi a direção desse horror humanista: o filme começa muito bem e termina muito bem mas o meio todo é cheio de barrigadas ou enrolações ou até devaneios que me deixaram na dúvida se eu tinha que ter sentido medo ou tristeza.
NOTA: