Cho-Qui-To que ninguém tinha me dito que Abigail era tão legal.
Não sabia nada do filme além de que era horror e estrelado pela nossa Melissa Barrera e com um elenco pequeno e incrível: Dan Stevens (que acerta uma e erra meia dúzia), Kathryn Newton, Will Catlett, Kevin Durand, Angus Cloud (em seu último filme, muito bem, mas nada diferente de Euphoria) e Giancarlo Esposito, o maior trabalhador de Hollywood que virou o maior vilão atual dos filmes e séries.
No início falei, hum, já vi tudo, é mais um thriller que o povo chama de horror só pra vender já que o filme começa com um grupo de encapuzados vestidos de preto, bem armados que invadem uma mansão de um super milionário muito bem guardada mas meio estranha e sequestram Abigail, a filha do cara de seus 12 anos de idade que momentos antes estava sozinha, a noite, ensaiando balé em um palco de um teatro lindo.
Sozinha, repito. Rica.
Ela vai com seu motorista para casa em um Rolls Royce, chega sozinha, entra sozinha e lá é pega pelo grupo, sedada com uma injeção no pescoço pela personagem da própria Melissa.
Eles a levam para uma mansão antiquíssima, super gótica, maravilhosa, a prendem em um quarto e então descobrem quem é quem, já que niguém se conhece e o porquê desse esquema secreto todo.
Eles precisam passar as próximas 24 horas na casa, guardando a menina e depois cada um dos 6 criminosos do grupo sai de lá com 5 milhões de dólares no bolso.
Fácil, hein.
Só que não. Claro.
Talvez spoilers a partir daqui.
Esses primeiros 10 ou 15 minutos de filme não me prepararam para o banho de sangue e tripas que vem na sequência já que Abigail é SÓ uma vampira desgraçada.
E sem que o povo saiba, ela diz para, de novo, a personagem da Melissa, que ela tem pena o que eles vão sofrer dali pra frente.
Eu também tive.
Abigail era o filme de vampira que eu precisava assistir e nem lembrava, já que ultimamente estamos defasados de filmes bons dos dentucinhos do mal.
E Abigail é bem do mal.
O legal do filme do diretor Matt Bettinelli-Olpin é o roteiro totalmente inesperado e cheio de surpresas ao longo do filme. Nada de sustos e pulos mas tem uma nojeira que me fez fechar os olhos por um momento.
E a ideia do porquê tudo estar acontecendo, do sequestro de uma vampira, é das melhores. E legal perceber que o filme poderia ter caído em tantas armadilhas do cinemão de Hollywood contemporâneo tipo de discursos espertinhos ou de colocar uma comédia no meio da desgraceira e o diretor se segurou e entregou tudo.
Tomara que a Abigail volte em algum momento, nem que seja em prequelas.
NOTA: