Comecemos do início: Zendaya é a grande estrela de Hollywood dos nossos dias. Ela é a nova Carmen Miranda, a nova Charlie Chaplin, a nova Marlon Brando, a nova Meryl Streep, não tem pra mais ninguém.
Rivais é um filme que parece ter sido feito para ela ou para uma estrela de sua grandeza. Para para quem conseguiu ($$$) Zendaya para viver Tashi, uma jogadora de tênis do circuito universitário americano que promete ser A próxima gigante do esporte.
Em sua vida aparecem 2 amigos de infância que são também jogadores de tênis, Art (Mike Faist) e Patrick (Josh O’Connor). mOs 2 moleques babam por Tashi e quando eles acham que ela precisa escolher um deles, Guadagnino nos entrega uma das cenas mais legais/sensuais de triângulo amoroso do cinema.
Aliás Rivais, o mais recente filme do italiano popíssimo Luca Guadagnino, é um dos filmes mais sensuais do ano. Tanto que ao final a gente fica pensando “que ousadia”, o filme é quase sexual. E quando a gente para 1 segundo pra pensar, lembra que não tem 1 cena de sexo sequer no filme.
Mas as tensões criadas entre Tashi e os 2 caras são palpáveis, principalmente a ligação homoerótica, típica do cinema de Guadagnino, entre Art e Patrick.
A estrutura do filme é um pouco confusa demais pro meu gosto, com um vai e vem de futuro e passado que parece um vai e vem da bolinha em um jogo de tênis, o que pra mim não necessariamente adicionou muito na narrativa, dando só um charmezinho e nada mais.
O que me deixou mais impressionado no filme foi a capacidade quase camaleônica da Zendaya de se transformar de uma adolescente inteligente no início da história a uma mulher poderosa do futuro que não só rouba o filme porque ela já tinha roubado antes, desde o começo, como eu disse por ser a grande estrela que é.
Claro que um filme do Guadagnino não podia ser mais que perfeito tecnicamente aqui com uma fotografia clássica, linda até que ele e seu fotógrafo de cabeceira Sayombhu Mukdeeprom resolvem quebrar tudo e transformam a câmera de cinema em bolinha de tênis para elevar ao máximo a pressão da história dos 2 caras que passam a vida em um torneio sem fim onde o que eles acham que o troféu é a fodona da Tashi.
Tolos eles que não perceberam que desde o início quem decide tudo é a personagem de Zendaya.
A cereja no bolo de Rivais, principalmente para pontuar toda a tensão do filme, a sexual, a sensual, a dos jogos de tênis e principalmente a montanha russa que é o que a personagem de Zendaya passa pelo filme é a trilha sonora criada pela maior dupla do cinema Trent Reznor e Atticus Ross no que eu acho ser sua melhor trilha desde A Rede Social que lhes deu seu primeiro Oscar.
O paradoxo do momento é: Rivais é ótimmo por causa da Zendaya ou Zendaya é ótima por causa de Rivais?
NOTA: 1/2