Sempre deixo bem claro por aqui que Wim Wenders é um dos diretores da minha vida. Desde sempre.
E a cada filme que ele lança eu fico mais e mais apaixonado pelo alemão.
Ano passado foi bom pro cara que lançou seu talvez melhor filme da vida, Dias Perfeitos, e também essa lindeza de documentário Anselm, sobre o mestre alemão Anselm Kiefer.
Wenders já nos brindou com 3 documentários maravilhosos, que devem ser vistos e revistos; Buena Vista Social Club, Pina e O Sal da Terra, este sobre o fotógrafo mestre dos mestres brasileiro Sebastião Salgado.
Em Anselm, Wenders cria praticamente uma poesia visual em homenagem ao grande pintor e escultor alemão, o cara que mistura todos os suportes, mistura o entendimento que nós meros mortais temos sobre arte e sempre me deixa de 4 e de queixo caído.
Aqui Wenders liga sua câmera, posicionada milimetricamente para não atrapalhar Kiefer e deixa as imagens existirem, que o artista cria em sua monumentuosidade (acabei de inventar essa palavra) de trabalho, de telas, de visão.
Anselm é um filme para ser apreciado como um bom relaxante, despretensioso, sentado em uma poltrona confortável e quando menos esperamos, Kiefer solta frases que podem mudar os rumos das coisas.
Este filme é a prova que um artista do nível de Wenders pode sim descer de seus pedestal, se é que exista, e deixar um outro artista, que ele confessou ser sua referência de vida, brilhar por si só.
NOTA: