Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o novo filme da franquia bem boa do Godzilla era uma ótima fantasia que iria além do monstrão japonês destruindo cidades por onde passava enquanto lutava contra seus inimigos tão monstrões quanto ele.
Depois do último filme onde o lagartão se degradou com o maior de todos, o Rei Kong, eu não imaginaria o que a turma deste filme poderia fazer para dar a volta por cima da última batalha dos titãs.
E eles fizeram bem feito.
Neste filme entendemos de uma vez por todas, ou mais ainda, a Terra Oca, o “universo” que existe abaixo de nossa superfície onde mora King Kong e mais uma quantidade absurda de titãs, esses monstrões que a gente tanto ama.
Não podemos nos esquecer que outros tantos ou mais titãs moram do nosso lado dessa meio que Terra invertida, distribuídos pelo planeta inteiro, alguns bem escondidos e outros nem tanto, como o próprio Godzilla que depois de uma longa batalha pelas ruas de Roma contra um deles titãs, resolve tirar uma soneca dentro do Coliseu, que parece que foi construído para ser sua residência oficial, se você me permite.
Voltemos ao Kong.
Ou melhor, falemos de Jia, a única sobrevivente da tribo Iwi, da Ilha da Caveira onde King Kong foi encontrado, aquela tribo que se comunicava com Kong através de sinais, porque nenhum deles podia falar e a comunicação por sinais era também acompanhada de outras formas por pessoas importantes e poderosas da tribo, como a menina Jia, que foi adotada por uma oficial americana e enquanto tenta se adaptar à nossa tal “vida normal”, tem sonhos e alucinações com mensagens que, depois descobrem, são do próprio Kong, que está com um problema gigante, claro.
Quando Kong resolve aparecer, surgir diretamente da Terra Oca por um dos portais possíveis, ele está com um dente totalmente cariado, que nem deixa que ele coma de tanta dor que sente.
Ajudado pelo povo que “cuida” da Terra Oca, ele é posto a dormir, tem o dente extraído e colocam um de metal no lugar.
Enquanto Kong descansa da mega cirurgia, o povo descobre que alguma coisa errada está e eles resolvem ir com o Kong pra descobrir o que há de errado com os sinais recebidos pela menina.
Quando descobrem, o caos reina.
Ou melhor, o caos está prestes a reinar em todo o planeta.
Esse é só o comecinho de Godzilla e Kong: O Novo Império.
O filme é uma montanha russa de emoções, de fazer perder o fôlego várias vezes com lutas de monstros, ops, desculpem, de titãs, cada vez mais gigantes e mais poderosos.
E como disse lá em cima, se você gosta de filme de fantasia, Godzilla e Kong: O Novo Império é o seu filme.
A história criada a partir da Terra Oca, deste submundo onde possibilidades às nossas vidas aqui em cima existem e toda a mitologia, toda a história deste universo nos é mostrada em close, em cores, em mitos e em muitas cores e brilhos.
Por momentos eu duvidei se o filme terminaria bem porque o roteiro cobre tantas histórias paralelas que eu acreditei que em algum momento alguma dessas histórias ficaria para trás.
Mas não.
O roteiro é bem bom e a direção do filme é competente o suficiente para não deixar pontas soltas, muito pelo contrário, as talvez explicações dadas durante o filme são das mais inventivas.
As histórias dos titãs e de suas possibilidades de existência são espertas o suficiente para deixar o espectador meio de queixo caído e também são plausíveis o suficiente para não deixar o mesmo espectador com o pé atrás, não acreditando no que está assistindo.
Se você, como eu, gosta de uma fantasia como Stargate, de 1994, onde as pessoas atravessam portais e encontram universos paralelos, outros mundos, outros seres, outras possibilidades, Godzilla e Kong: O Novo Império é assim, O filme.
NOTA: