Poxa, Typist Artist Pirate King é um dos filmes ingleses que eu mais li coisas boas a respeito e agora que vi achei chatíssimo.
Não vou ficar tentando me justificar e nem justificar o filme, eu por não gostar e o filme por ser como é, mas realmente eu tenho cada vez menos paciência com personagens unidimensionais, os que acabam sendo aqueles de “uma nota só”, sem surpresas, que começam e terminam o filme do mesmo jeito.
Aqui essa personagem é Audrey, uma mulher de seus 50 e tantos anos que sofre de problemas mentais sérios e é cuidada por Sandra Panza, que a visitia a cada 2 semanas para ver basicamente se ela está viva, já que ao que parece não pode fazer mais nada para efetivamente ajudá-la.
Audrey diz que já foi a datilógrafa da rainha (a typist do título), se considera uma artista plástica (a artist) que teve sua carreira sabotada e hoje em dia diz que é uma pirata rei, tentando ter sua carreira de volta.
Mas parece que ela é mesmo uma pessoa com esquizofrenia que vive em um mundo caótico.
Um dia a cuidadora Sandra chega correndo à casa de Audrey achando ter recebido um chamado de emergência mas na verdade a artista a chamou para que fosse levada até uma cidadezinha perto de onde mora para ela se inscrever em um concurso para artistas plásticos.
Percebendo que esse ato diferente de sua rotina caótica, Sandra resolve começar uma viagem que chamar de caótico seria ser bonzinho de minha parte.
Daí começa o problema do filme, pra mim, nos primeiro 8 minutos do filme.
A viagem da dupla passiva e agressiva, as principais características de ambas personagens, é chata, sem graça e de novo, totalmente previsível, já que a personagem principal do filme, uma esquizofrênica que talvez devesse estar internada em alguma instituição, está a solta sendo violenta com quase todo mundo que encontra pela frente.
Ah Fabiano, tenha compaixão, tenha paciência, a gente não pode sair internando todo mundo cheio de problemas graves e violentos.
Tenho paciência, tenho muita compaixão, mas eu acho que há níveis de problemas e quando esses problemas começam a atingir outras pessoas violentamente, com perigo iminente, a coisa muda de figura.
São lindas as cenas das pessoas tentando ajudar Audrey com um abraço, como um policial que ela enxerga como seu pai e chora em seu ombro.
Mas é o filme inteiro assim. E olha que o elenco é incrível, a direção é boa, mas o roteiro não ajudou em nada, ao meu ver.
Carro, estrada, chegam em algum lugar, treta pesada.
Se fosse um curta, o filme seria lindo. Neste caso, cansei depois da segunda briga.
O filme é baseado na vida da artista Audrey Amiss, que teve sua arte reconhecida depois de sua morte e que passou a vida entrando e saindo de instituições psiquiátricas sempre contra sua vontade, história que talvez tivesse tornado o filme mais interessante.
Não, obrigado.
NOTA: 1/2