Como são as coisas.
Ontem falei de Pianoforte, o documentário sobre a maior competição musical do mundo onde jovens pianistas ralam muito para serem considerados o maior de todos, tocando Chopin.
Hoje eu falo deste suspense psicológico belga The Chapel, sobre jovens pianistas que vão morar em um mesmo lugar, um tipo de hotel transformado em albergue para que esses exímios músicos passem os últimos dias antes de participarem de uma super competição para um deles ser escolhido o melhor do mundo.
Nada é por acaso e os 2 filmes caíram na minha mão simultaneamente e ambos são tensos como a gente pode esperar.
The Chapel, da diretora Dominique Deruddere, foca na história de Jennifer, uma jovem muito talentosa e também muito peculiar, para ser educado.
Parece que ela tem fobia de pessoas, tá sempre de cara amarrada, não entende brincadeiras, não quer aproximação de ninguém e vive para praticar piano.
Os outros tantos pianistas que estão na mesma situação que Jennifer e que também estão hospedados na Capela tentam conversar, brincar, convidam a fofa para festinhas e nada.
Ela estuda e treina e quando não está nem um nem outro, ela dá umas piradas com as lembranças de sua infância crescendo com uma mãe ambiciosa e um pai doidão (meu belga do coração Kevin Jansssens).
O clima criado pela diretora em torno da pianista é muito bom. O roteiro vai nos levando por um caminho interessante de sensações conflitantes enquanto nos apresenta sempre opções de sentimentos e respostas ao que estamos assistindo, quase que nos deixando desconfiados de tudo.
O problema é que esta trama bem pensada deixa a desejar. Ou melhor, deixa com gostinho de quero mais, parafraseando alguma publicidade tosca.
O que por um lado é legal mas por outro decepciona um pouco.
NOTA: 1/2