Drama grego dos bons, daqueles que me dão vários gatilhos mas que no final eu sobrevivo.
Luca é um ator que enquanto tenta e tenta e tenta fazer sucesso, também tenta conseguir dinheiro para ir para Nova York fazer um curso daqueles de “method acting” famosos e bem caros.
Ele mora com o irmão que quer ser cozinheiro e tenta (de novo) convencer o irmão a respeitar o apartamento onde vivem e a mãe que morreu há pouco tempo, já que o irmão não para de transar com a namorada em tudo quanto é canto.
Mas Luca tem uma ideia para fugir disso tudo: fazer um assalto e fugir com o dinheiro.
Com a ajuda do irmão, eles roubam uma valise de um puteiro das mãos do capanga do lugar que, claro, grande, forte, violento, revida e faz com que Luca dê um tiro sem querer com a arma que carregava.
Como dizem por aí, não existe bala perdida e a bala do tiro do ator vai parar no corpo de um cara que estava passando do outro lado da rua.
Os irmãos fogem com a valise e Luca fica muito incomodado por ter acertado alguém e sua vida, que já estava de ponta cabeça, se perde mais ainda quando ele resolve descobrir quem era o cara que recebeu seu tiro.
O que me animou nesse filme grego é que o diretor Antonis Tsonis não copia muito ninguém que a gente fique achando semelhanças o filme inteiro.
Brando With a Glass Eye tem várias referências sutis ao cinema dos 1960’s, a Nouvelle Vague, ao heróis cools de cabelo lindamente despenteado e com cigarro na mão, aos anti heróis sofredores por decisões estúpidas e principalmente aos caras que não precisavam de mocinhas.
O filme me pegou quando foi me mostrando essas decisões erradas de Luca e eu paguei pra ver onde levariam o personagem e nnao me arrependo da jornada.
Só senti falta de uma trilha mais impactante, mais emocional, porque esse tipo de personagem precisa de uma música pelo menos icônica marcando seus passos.
NOTA: 1/2