Darla In Space talvez seja o filme mais bizarro-idiota-besta-sensacional que eu assisti nos últimos anos.
Sim, tudo aquilo ali é elogio.
Queria ser amigo da dupla de roteiristas e diretores Eric Laplante e Susie Moon por motivos de “que imaginação, meu povo”!
Darla (a ótima Alex E. Harris) é uma mulher perdidinha que tem um negócio que não dá certo de jeito nenhum e por isso ela vai trabalhar no lugar da mãe por uns dias como faxineira de uma “empresa”.
O lugar é um galpão onde um homem passa o dia dormindo, seu chefe, e no centro tem um container fechado.
A mãe dá dois avisos para Darla: limpe o chão em movimentos de 8 e se ouvir qualquer barulho vindo do container, ignire e venha pra casa.
Mas Darla é curiosa e em um momento que fica sozinha no galpão, descobre a senha óbvia para abrir o container e lá dentro vê uma mini piscina cheia de água com um tipo de massa de pão enorme dentro que fala com ela.
Sim, a massa de pão conhece Darla, conversa com ela telepaticamente e diz que pode dar a ela o melhor orgasmo de sua vida se ela entrar na piscininha e encostar na massa.
Darla sai de lá de dentro correndo, com medo e com mais curiosidade ainda e no outro dia ela se aventura na piscininha e a promessa da massa de pão telepata era real.
Darla quase pira.
Detalhe importante: Darla vai trabalhar no lugar da mãe porque elas estão devendo quase 400 mil dólares para o Imposto de Renda e se não pagarem em 2 meses, vão presas.
Darla tem então a brilhante ideia de roubar a massa e oferecer a quem quiser pagar 1000 dólares o melhor orgasmo de suas vidas.
Ela só tem que conseguir 400 pessoas e pronto.
Ah, em troca a massa pede para Darla ajudá-la a ir para o espaço.
Esses são os primeiros 15 minutos deste absurdo também chamado de filme que me fez rir de nervoso o tempo inteiro porque não pode alguma coisa tão besta, tão estúpida ser tão boa.
Uma massa de pão que te faz gozar como nada na vida?
O que poderia ser um filme de piada única, de uma só historinha, nas mão de uma dupla muito boa vira uma bela ficção científica quase thriller engraçado, diferente de super produções lançadas recentemente que gastam os tubos para justificar a falta de roteiro.
Eu fico muito feliz em assistir esse tipo de filme nos festivais que eu cubro e o Slamdance todo ano me dá esse tipo de alegria com os filmes mais alternativos possíveis.
Darla No Espaço é mais um filme que eu vou acompanhar a trajetória de perto e assim que estiver disponível, eu faço questão de avisar onde pode ser visto.
NOTA: