Você lembra de PI, o filmaço de estreia do nosso diretor preferido Darren Aronofsky?
No filme, um matemático doidão acredita que descobre no Torá uma sequência padrão de números que vai desvendar todos os segredos do universo, começando com o padrão da bolsa de valores de Nova York.
E ele pira, é perseguido, num drama de ficção científica, que beira o horror, maravilhoso.
Eu considero este filme alemão The Washer (A Lava Roupas) o neto direto de Pi, um drama de ficção científica que também beira o horror onde um advogado descobre um padrão em uma máquina lava roupas que enquanto funciona é capaz de produzir um fenômeno semelhante a viagem no tempo.
Claro que o cara também pira e faz de tudo para conseguir que esse padrão se repita por tempo suficiente para que a viagem no tempo funcione mas não é fácil com a máquina de sua casa.
Ele então tenta primeiro usar a lavanderia de seu amigo, depois a casa da mãe, da tia e nada.
Então ele começa a comprar várias lava roupas de um tipo específico e cria uma engenhoca onde as máquinas funcionam em looping, causando quedas de energia e de abastecimento de água no bairro onde mora.
Se The Washer tivesse um pouco mais de dinheiro de produção, o filme seria daqueles que nos tira o chão também esteticamente, porque a ideia toda que o diretor Nils Witt nos apresenta é incrível, desde o personagem principal ser o cara mais normal possível, não levantando nenhuma suspeita sobre a revolução que ele poderia estar criando, como diz uma personagem, a maior descobre da humanidade.
NOTA: 1/2