Inshallah A Boy é o tipo de filme que primeiro me deixa morrendo de raiva por existirem ainda sociedades como na Jordânia que oprimem as mulheres no nível que aqui vemos.
Depois, Inshallah A Boy me deixa um pouco mais tranquilo por eu ter nascido em um país onde as mulheres são vivem muito melhor do que como vemos no filme, apesar do Brasil ser um lixo de país machista como vemos na nossa cara, por exemplo, o que tem acontecido no Big Brother nos últimos dias.
No final das contas o filme Inshallah A Boy é lindo, potente, bem escrito, com um elenco maravilhoso, direção quase perfeita e o melhor, com o melhor final para a melhor ideia de filme possível.
O filme começa com a morte do marido de Nawal, que com uma filha de seus 10, 11 anos de idade, precisa viver meio que sob as vontades da família do marido que se foi.
Por exemplo, seu cunhado Rifqi que que ela pague prestações atrasadas de um carro que ele vendeu para o irmão, quer que ela venda o apartamento que mora porque ele e suas irmãs tem direito a metade do bem e se ele quiser, pode pedir a guarda da sobrinha porque ele é homem.
Acontece que Nawal trabalha como cuidadora de uma senhora idosa, onde não ganha muito dinheiro e só o fazia para ajudar nas despesas da casa, já que o marido ganhava relativamente bem.
Mas a mulher sozinha na Jordânia não tem vez nem voz e a gente vai vendo isso não só com Nawal mas também na casa de ricos onde ela trabalha onde a opressão é maior ainda.
O diretor Amjad Al Rasheed não só transforma Nawal em uma super heroína como nos mostra que uma personagem multi facetada não é tão difícil de ser criada para ganhar vida em um filme tão potente como este.
As escolhas que Nawal faz, mesmo indo de encontro a toda rigidez que vive, são marcos no cinema de países onde este tipo de sociedade é comum.
Rifqi, o cunhado, parece aquele personagem do pica pau que quando olha pro passarinho só o vê assado, pronto pra ser devorado. Quando ele olha pra Narwal, só enxerga dinheiro vindo do apartamento, do carro, das jóias.
Para conseguir sobreviver à sanha do cunhado, ela tem a “brilhante” ideia de dizer que está grávida, porque assim não pode ser despejada de sua própria casa e vai fazer de tudo para provar que sua filha vai ganhar um irmão e que de seu apartamento elas não sairão.
NOTA: 1/2