Nosso Filho, Our Son, é um drama gay de divórcio que me deixou bem incomodado ontem a noite.
Tão incomodado que resolvi já postar sobre o filme pra dar já indicar.
O filme é estrelado pelos mais que ótimos Billy Porter e Luke Evans como Gabriel e Nicky, casados há 13 anos, com um filho de 8 anos de idade, Owen.
Um dia Nicky chega em casa para receber a notícia que Gabriel conheceu outro cara, está apaixonado e chegou à conclusão que o casamento terminou.
Nicky perde o chão.
Quem já passou por algo parecido, não necessariamente um divórcio, mas um término de relação quando você achava que tudo ia bem (eu mesmo, mais de uma vez), vvai entender muito o filme.
Ou se você está do outro lado também, sendo a pessoa que resolve terminar uma relação porque chega à mesma conclusão que Gabriel chegou.
O bom de Nosso Filho é que o diretor Bill Oliver não toma muito partido e vai nos mostrando os 2 lados deste triste fim. Sempre focado no filho do casal, de como ele vai lidar om a situação, com quem ele vai morar, como tratar a criança e assim vai.
O filme tem a fórmula de filmes como os dramões de Woody Allen, com menos gente neurótica mas com o mesmo nível de relações sem soluções em geral.
Pra ser sincero o que me fez gostar muito do filme foi ver Billy Porter em um papel que a gente não está acostumado a vê-lo fazendo no cinema, o da “pessoa normal”, já que ele é sempre O cara bacana, bem vestido, inteligente, mordaz.
Aqui, como Gabriel, ele sou eu, é você, é o cara que toma decisões que ninguém entende, o cara que ama o filho mais que tudo e que nos mostra isso com uma única cena onde levanta a voz, o que me deixou chocado porque eu achava que seu personagem seria muito mais “barulhento” do que é no filme.
Fazer um Gabriel totalmente equilibrado, com os 2 pés no chão, assumindo todas as responsabilidades de suas ações e decisões é incrível demais.
E Luke Evans, como o cara largado, sem chão, também me surpreendeu muito à medida que vemos sua queda no fundo do poço e o quanto ele tenta e quase desiste de sair de lá.
Um dos melhores textos do filme é quando o sobriho de Luke, em um almoço, diz: vocês gays lutaram tanto para conseguirem casar e agora se divorciam, que coisa estranha.
Esse é basicamente o sentido óbvio que o filme mostra de forma surpreendente.
NOTA: