A Mesa de Centro é um filme espanhol que eu assisti no #FantasticFest2023 que eu achei perdido aqui nas minhas anotações e preciso falar dele.
O filme é “sobre” a mesa de centro mais feia da história do cinema que é comprada de birra por um cara, apesar da esposa dizer que não queria nem a pau a mesa, principalmente porque eles tem um recém nascido e ela acha que não é a hora.
Em casa, ela sai pra comprar coisas pra um jantarzinho que vão dar para amigos e enquanto ele monta a tal da mesa, um acidente absurdo acontece, o vidro do tampo quebra e…
Cataploft.
Isso nos primeiros 5 minutos de filme, o maior absurdo que geralmente esperariam horas e horas para mostrar, o cara nos joga na cara aos 5 minutos.
O desespero toma conta do cara que não conta pra esposa o horror que aconteceu, e deixa rolar o jantarzinho, que vai se desenrolando de uma forma quase estúpida mas até que aceitável, com o irmão do cara e sua nova namorada que chegam com novidades, com a vizinha interrompendo o jantar com mais novidades ainda.
Claro que os convidados querem ver o bebê, que não pode ser incomodado porque está dormindo e se acordar, todo mundo sabe que já era festinha, como diz o pai.
A tensão do pai vai guiando o roteiro do filme mas não o suficiente pra transformar um absurdo do horror que se transforma em um drama de desespero ou talvez um horror da vida real.
Ou tudo ao contrário porque A Mesa de Centro é um caos, pra falar a verdade. E não no bom sentido.
Por pouco não é um dos melhores filmes do ano mas a direção se perde de uma maneira fenomenal, o que me deixou com raiva do diretor Caye Casas, talentoso demais, mas que deixou escorrer a oportunidade por entre seus dedos sujos de sangue.
NOTA: 1/2