Quem diria que eu postaria 3 #alertafilmão na sequência nesta altura do campeonato do mundo acabando?
Desta vez é a nova lindeza do Ken Loach que fez um filme sobre uma comunidade de sírios que acabaram de se mudar para a grã bretanha serem detonados pelos nacionalistas, bairristas neo nazis enquanto de outro lado eles são super bem recebidos pelo povo bacana.
O choque causado ao espectador de The Old Oak só não é menor porque nós estamos presenciando isso no nosso dia a dia por causa da nefasta guerra entre Israel e Hamas onde as críticas postadas pelas redes sociais são tão ruins ou até piores do que estávamos nos acostumando a ler até o ano passado.
O Old Oak do título é um pub numa comunidade que vem se perdendo no norte da Inglaterra onde a sua volta existem mais casas vazias do que habitadas e por consequência o pub vai sobrevivendo com vários arranhões e com uma meia dúzia de bêbados locais corriqueiros.
Quando famílias de refugiados sírios chegam e ocupam as casas vazias, tudo através de programas sociais do governo, TJ, o dono do pub (vivido por um ótimo Dave Turner), logo percebe que Yara, uma jovem refugiada que fala bem inglês, tem mais a oferecer para a comunidade que seus dons de fotógrafa.
Tj e Yara, com uma grande ajuda de locais e dos refugiados, começam uma pequena revolução de integração de 2 mundos que não poderiam ser mais distintos e por isso mesmo, quando se encontram podem explodir como uma bomba atômica.
Para sorte deles, foi para uma explosão do bem, apesar de ter causado “engasgos” em certas pessoas mais tradicionalistas, por assim dizer, da comunidade.
Meu preferido diretor e roteirista inglês Ken Loach diz que provavelmente The Old Oak seja seu derradeiro filme.
Se for verdade, fechou com chave de ouro, não a mais perfeita eu diria, uma carreira que reescreveu a história do cinema e principalmente o fazer cinema.
Eu espero que ainda venham muitos filmes deste que provavelmente seja o diretor mais político e mais ousado da Inglaterra, quase que um Nanni Moretti inglês. Ou será o Nanni Moretti o Ken Loach engraçadão italiano?
Só sei que assistir um filme de Loach é sempre uma experiência magnífica, um banho de civilidade e uma injeção de fazer-o-bem.
NOTA: 1/2