Tá com saudades dos filmes do Jim Jarmusch ou do Aki Kaurismäki de décadas atrás?
Aqueles indies raiz, em preto e branco, câmera quase fixa o tempo todo, histórias curtinhas “esticadas” em roteiros maravilhosos, com elenco de primeira?
Fremont é o seu filme.
Ele estreou por aqui na Mostra de São Paulo e agora já está disponível pelas locadoras internéticas.
O Fremont do título é a cidade onde se passa a história de Donya, uma imigrante afegã que em seu país trabalhava como intérprete para o governo dos EUA que sonha em seer escritora e que ganha a vida escrevendo textos para biscoitinhos da sorte chineses em uma fábrica de uma família também imigrante.
Até que ela resolve mandar uma(s) mensagem(s) especial em um biscoito.
E só.
A lindeza de Fremont é também o roteiro que consegue ser bom o suficiente para contar esse fiapo de história em 1 hora e pouco de duração do filme.
O diretor Babak Jalali ainda colocou o new galã Jeremy Allen White (de O Urso) fazendo o papel de um mecânico super tímido e o também diretor Boots Riley ( de Sorry To Bother You) como uma das boas surpresas do filme.
Não sei ainda se o diretor Jalali só presta uma homenagem aos indies noventistas ou sei ele pretende seguir por essa linha de cinema tão icônica e que, na minha opinião, seria uma boa pedida de renascimento em nossos tempos pós super heróis. Mas já quero ver o que vem por aí.
Não perca essa que é uma das grandes surpresas do ano.
NOTA: 1/2