The Royal Hotel é o filme novo de uma das duplas mais legais de 2020: a diretora australiana Kitty Green e a musa Julia Garner.
Lá elas lançaram o ótimo A Assistente e foi o primeiro filme onde a gente pôde confirmar que Julia era sim a estrela que esperávamos que ela fosse.
Agora a dupla se reencontra neste drama quase horror da vida real onde 2 amigas (Julia e Jessica Henwick) fazendo mochilão pela Austrália ficam sem dinheiro e aceitam trabalhar no hotel do título, um antro machista no meio do nada da terra dos cangurus.
As 2 snao recebidas friamente por uma mulher, que elas descobrem ser a chef do lugar que na verdade é um bar à beira de uma mina, pra onde os caras vão todas as noites descarregador um pouco da testosterona sobre as novas bartenders do lugar.
O dono (Hugo Weaving) é um escroto, ao mesmo tempo que protege suas funcionárias, os mineiros são escrotos porque querem pegar de qualquer jeito as forasteiras e as mulheres que lá frequentam são outras escrotas porque, ao mesmo tempo que dão dicas para as forasteiras, fazem piadas com as jovens.
Resumindo: elas foram parar no meio do nada, sem sinal de internet, sem wi-fi, sem comida boa, sem acomodações decentes, em 2023 sofrendo todo tipo de abuso físico, moral e mental porque precisam ganhar uns poucos dinheirinhos?
Não rolou pra mim.
Na primeira grosseria, no meu ponto de vista, essas 2 jovens educadas e inteligentes já pulariam no pescoço do macho escroto.
Mas não.
No filme da diretora Green elas precisam aturar um monte, mas um monte mesmo de grosseria, quase caladas e pasmém, submissas.
Quase spoiler daqui pra baixo!
Eu aguentando toda essa baixaria esperando que o filme ia se tornar uma carnificina, que as 2 iam virar vampiras ou sei lá o quê mas nem isso.
O final é até meio patético pela cara de felicidade das personagens numa conclusão preguiçosa.
NOTA: