Que lindeza que é esse Thunder, a tentativa Suíça por uma vaga no Oscar 2024 de filme internacional.
O filme se passa lá por 1900 no meio do nada suíço, lugar mais lindo do mundo de montanhas e riachos e cachoeiras onde Elisabeth (a ótima Lilith Grasmug), uma menina de seus 17 anos de idade, que vive em um convento há 10 anos para purgar os pecados de sua família só por existirem, de repente é chamada de volta à sua casa porque sua irmã mais velha, Inocentte, morreu e ela precisa ajudar a família.
Elisabeth não queria sair do convento, principalmente por não reconhecer mais sua família que a abandonou mas ela vai e vê e conquista.
Logo ela descobre que sua irmã morta é tratada como “filha do demônio” porque descobriu o prazer da carne e não teve pudores para explorá-los.
Se hoje uma menina que não tem mais pudores é xingada a torto e a direito, imagine no meio do nada pudico suíço de 1900.
Mas quando Elisabeth encontra os diários de sua irmã e lê na primeira página “se você está lendo isso aqui, minha irmã, é porque alguma coisa muito ruim aconteceu”.
Elisabeth começa a entender como funcionava a vida na sua família, à volta da sua família e os porquês de sua irmã ter tido o fim que teve.
E aos poucos ela se reencontra com 3 meninos, amigos de infância, que também cresceram, claro, e também tem visões diferentes da vida e da paixão.
A diretora Carmen Jaquier, em sua estreia em longas, mostra a que veio com seu cinema lânguido e violento, com esta história de descobertas, prazeres e medo, muito medo.
Foudre (o trovão em francês) do título está dentro dos adolescentes que quando explodem causam sim muito barulho e o povo extremamente religioso não estava (ain danão está) preparado para o barulho ensurdecedor.
NOTA: 1/2