A gente sabe o quanto um conto do Mestre dos mestres Lovecraft é alimento para (re)criação contemporânea.
Por exemplo, o filmaço A Cor Que Caiu do Espaço, lembra?
Este Suitable Flesh é baseado no conto A Coisa na Soleira da Porta e, apesar de ter sido bem roteirizado e trazido para os nossos dias, o filme não chega lá.
Que pena, porque só por ter a maravilhosa Barbara Crampton no elenco, o diretor Joe Lynch (sem relação com master David), o filme já merece louvores.
O filme ainda tem a volta (de novo) da Heather Graham (e de novo não rolou, tadinha) como Dra Elizabeth, uma psiquiatra com um paciente esquizofrênico e perigoso que vai tirar sua vida dos eixos.
Sua melhor amiga, a dra Daniella (Barbara), em princípio não acredita na história que a amiga lhe conta depois de ter matado o paciente a facadas.
Mesmo presa no manicômio, Elizabeth fica pedindo para que sua amiga Daniella corte a cabeça do paciente do mal, senão ela própria pode sofrer as consequências, já que o cara não seria esquizofrênico mas sim teria uma alma possuindo seu corpo que pode ir mudando para outros corpos, inclusive das médicas em si, tudo para se salvar e continuar vivendo eternamente.
Esse é o Lovecraft que nós amamos, criando uma teia de desespero pra detonar com a cabeça de todos os seus personagens
Mas em Suitable Flesh, mesmo com a história boa, faltou pegada (direção), faltou dinheiro, faltou direção de fotografia, o filme é todo branco, sem profundidade, sem clima.
E Heather Graham, tadinha, não funciona mesmo como atriz principal de filme nenhum, nem um horror sussa como esse onde a sangueria poderia ser mais descarada e o elenco poderia ser tão mas tão melhor dirigido que deu pena.
NOTA: