Ontem eu escrevi aqui que The Uncle, o filme croata, era o filme mais doido que tinha assistido nesta edição do Fantastic Festival.
Precipitado eu.
Ontem a noite assisti o polonês Mushrooms e só digo uma coisa: reze pra quem é de reza pra que este filme fique disponível em qualquer lugar pra ser visto.
Eu queria ter assistido outro depois deste ontem mas fiquei tão embasbacado que não consegui ver mais nada.
O filme começa com uma velhinha, bem com cara de bruxa, colhendo cogumelos e frutinhas no meio da floresta.
Toda vestidinha fofa, com sua cestinha, bem concentrada, sabendo onde ir e o que pegar, até que ela vê de longe 2 pessoas deitadas no meio do mato.
Ela tenta voltar por onde veio sem fazer barulho mas o casal se levanta, vê a velhinha e pede ajuda.
Eles estão vestidos com roupas de teatro, segundo os 2, porque o casal estava com um grupo de amigos fazendo brincadeiras e foram abandonados pelos amigos e nem sabem onde estão.
Assim eles pedem para a velhinha ajudá-los a chegar pelo menos ao vilarejo onde ela mora para eles conseguirem voltar para casa.
A velhinha, muito desconfiada, vai enrolando o casal porque logo ela percebe que algo está errado.
E mais não conto.
Só digo que virei o maior fão do diretor Paweł Borowski, um cara que conseguiu me enrolar de uma maneira comohá tempos não me sentia enrolado.
Dizer que Mushrroms tem um plot twist, uma reviravolta de roteiro, é subestimar a genialidade do roteiro.
O filme me lembrou um monte Brightwood, que vi no Fantasia Festival, sobre o casal que fica rodando e andando em volta do lago e de lá não consegue sair. Nunca mais.
Mas não.
Não tem nada lançado recentemente que se assemelhe a Mushrooms, nem pela estética, nem pela sutileza, nem pelo inteligência do roteiro e muito menos pela ideia incrível muito bem realizada.
Porque não é fácil ter uma boa ideia e primeiroo colocá-la no papel e depois colocá-la em um filme.
E, de novo, o diretor Paweł Borowski é daqueles que a gente tem que acompanhar de perto a carreira pra sermos os primeiros a ver o que ele vai nos entregar, porque não é fácil o cara fazer o que fez, do jeito que fez.
NOTA: