Que filme doidão!
E isso não necessariamente é bom.
Não que Pandemonium seja ruim, não.
O diretor Quarxx (ui!) criou um universo quase onírico só que ao mesmo tempo dantesco para dar vida ao seu tríptico de histórias de mortes e de como as pessoas envolvidas em cada uma dessas histórias, ou em cada uma das mortes, reage com as consequências de seus atos.
E as consequências nós vamos vê-las no inferno de Pandemonium, e aí que pegou pra mim.
A primeira história é a de um homem que acabou de sofrer um acidente de carro em um estrada, morreu e não aceita sua morte. Tanto que o homem responsável pelo acidente, também morto, tenta convencê-lo do seu destino, inclusive fazendo com que os 2 passem por portais infernais.
A segunda história é a de uma menina que um dia encontra seu pai e sua mãe mortos em casa. Ela se desespera? Que nada. Corre para o porão e pergunta se o “monstro” que lá vive preso é o responsável pela mini chacina. E a partir de então começa a “viver” com o monstro em casa (?).
No história final, uma mãe não aceita o suicídio da filha e trata o cadáver como se ela não tivesse morrido, cuidado que ele não teve com a adolescente quando viva, senão poderia ter percebido que a filha sofria bullying na escola e não suportou.
As 3 histórias (meio que forçadamente) se cruzam e criam esse Pandemonium infernal e nos faz conhecer uns demônios responsáveis pelos recém chegados lá embaixo.
Acontece que tudo é muito certinho, apesar da direção de arte e da fotografia ótimas. O roteiro não surpreende, as personagens são tão boas quanto são bons os atores e atrizes que as vivem e o clima de horror se dissipa em um filme que é quase uma cantiga de ninar com vontade de ser um hino death metal finlandês.
NOTA: 1/2