Você não faz ideia como eu fiquei feliz ao receber a programação do #FantasiaFest saber que veria o filme novo da minha família Adams preferida, aquela do Hellbender.
Se você me acompanha aqui sabe o quanto lá em 2021 eu fiquei doido com o filme de bruxas mais incrível que via há anos, que eu chamei de bruxas de verdade, aquelas do mal que moram na floresta e tudo mais.
Hellbender foi feito, assim como outros filmes, pela família Adams, Toby Poser, John Adams e as filhas Lulu e Zelda Adams.
A família cria o filme, escreve o roteiro, produz, dirige, fotografa, atua e ganha prêmios.
Seu novo petardo Where The Devil Roams acabou de vencer o prêmio de melhor direção de fotografia no Fantasia, prêmio merecidíssimo porque o clima criado pela fotografia em preto e branco neste road movie desgraçado, que se passa na depressão americana dos anos 1930, é coisa maravilhosa.
O filme segue uma família de artistas de circo que enquanto viajam pelo país, com sua trupe bizarramente linda, pai, mãe e filha vão deixando um rastro de sangue, pra ser bem fofo, por onde passam.
Enquanto seu show atrai mais e mais público, as experimentações sociais da família foram me deixando cada vez mais com o queixo caído.
Claro que o filme não é tão simples assim, como não seria um filme dos Adams.
Pelo caminho de destruição vamos conhecendo as histórias do pai que lutou na guerra e saiu de lá dilacerado na alma, da mãe e sua vida de abusos sofridos e por aí vão, sem dar spoiler algum.
A “graça” do filme está no quanto esses personagens no tempo presente do filme são exatamente as consequências de suas existências. E o quanto cada um deles é tão multi facetado, com uma criação tão complexa que, por exemplo, logo depois de mais uma chacina, a mãe procura na casa dos recém “falecidos” roupas mais pesadas para eles usarem porque o inverno vem apertando e ela como sempre cuida dos seus.
Where The Devil Roams (Por Onde o Diabo Passa) é um filme que foi me surpreendendo à medida que eu assistia: história incrível, personagens apaixonantes, fotografia linda e a trilha pesada e fofa ao mesmo tempo que me deixou com vontade de assistir um show daqueles doidos.
O filme é o “maior” até agora do Adams, com um elenco incrível, locações lindas e perfeitas e um circo doido o suficiente para nos dar medo e vontade de ir lá assistir um espetáculo.
Como um bom filme da minha família de cineastas preferida.
Aqui está o link para a entrevista que fiz com os Adams, bate papo dos mais legais.
NOTA: 1/2