Tô triste.
Terminar uma franquia como a do Indiana Jones com um filme tão fraco como este é complicado.
A conclusão que eu chego é que Indiana Jones e a Relíquia do Destino é a pá de cal não só dessa franquia mas também do cinemão de filmes hollywoodianos com centenas de milhões de dólares de orçamento.
Nos últimos meses, qual destes filmões fez sucesso e teve retorno de bilheteria como acontecia anos atrás?
Flash? Shazam? Homem Formiga? Caverna do Dragão, ops, Dungeons and Dragons?
Tiros n’água.
Isso quer dizer: Hollywood, se liga. Vamos parar de lavar dinheiro nesses filmões e fazer filme bom, com roteiro original, por favor.
E o Indi, nosso intrépido aventureiro preferido foi na onda com o pior filme da franquia, o pior e mais preguiçoso roteiro possível e com outro problema gigante: os efeitos especiais mais toscos do ano.
Inclusive, este problema de efeitos especiais está cada vez mais grave.
O povo tá achando que está num nível super alto daí inventam de “remoçar” ator, como no filme do Scorsese e agora no Indiana Jones e transformam os caras em robozinhos.
E acham que ninguém vai perceber.
Mas pior ainda que isso é no Indi, por exemplo, numa cena de um plano super geral dele correndo em cima do trem, bem no início do filme. Parece que foi feito com o computador véio largado do fundo do quintal e mandaram renderizar em cima de hora e foi.
Ufa.
Podem colocar o Banderas, o Mads, a Phoebe, o Toby, ressucitar a… ops, spoiler, que não adianta.
A Relíquia do Destino é uma ideia boa que não funcionou. É mais do mesmo. É de novo um bando de nazista doido atrás das coisas pra conquistar o mundo.
E por acaso essas coisas sempre tem a ver com o nosso Indiana Jones.
Quando eu falei de roteiro preguiçoso, este filme ganha de lavada de série ruim, filme sem grana e ruim, filme sem grana e bom, porque o que tentam enfiar na nossa garganta é de dar risada.
De coisas encontradas no meio do oceano. Escondidas embaixo de pedras. No meio do oceano.
Indi saber o caminho por uma cidade pra onde ele não vai a décadas e encontrar o carro dos vilões naquele caminho.
A fofa da personagem da Phoebe aparecer em lugares insólitos sem explicação da cena anterior.
E o pior, somem com uma personagem importante do filme no meio do filme.
Resumindo, a tosquice tomou conta.
Não tinha entendido o porquê do Spielberg resolver não dirigir o derradeiro filme da saga. Entendi depois de assistir esta pérola ruim: foi por medo e/ou preguiça das críticas que viriam. E vieram.
Será que os outros filmes do Indi também eram ruins assim e a gente relevava? Será que agora a gente cansou do personagem? Será que a cara de insatisfação/preguiça/desdém do Harrison Ford em todos os filmes eram uma indicação de que era tudo muito ruim e a gente de novo relevou achando que era parte da “criação de personagem”?
E não adianta colocar o Harrison Ford sem camisa pra garantir a bilheteria que, o cara tá bem pra caramba, mas não é assim.
NOTA: 1/2