Olha, é uma puta falta de sacanagem que um dos filmes mais legais perdido no catálogo tosco da Netflix não tenha um trailer sequer legendado em português.
O Contrabandista de Pez é um primor.
Eu canso de falar aqui que o segredo para um bom documentário é um bom “personagem” para que sua história valha o trampo todo de se fazer um filme.
Steve Glew é esse cara.
Um dos personagens mais estranhos, com a família mais estranha, com a vida mais estranha de todas que para nossa sorte a dupla de diretores Amy Storkel e Bryan Storkel teve a manha e a sabedoria de nos contar sua história.
Você começa o filme vendo como Steve vivia com sua esposa, onde viviam, onde ele trabalhava, como ele sobrevivia e pensa: vai dar merda.
Só que não dá.
O looser estranhão, um dia qualquer, tem uma ideia genial (sim, porque ninguém teve antes): ele resoveu, lá na década de 1990, viajar para a Europa com pouco mais de 2 mil dólares e com ajuda de seu filho, gastaram todo seu dinheiro em PEZ.
Lembra de Pez?
Coloquei uma fotinho pra ajudar a lembrar da embalagem de bala mais legal, mais ecológica (porque não era descartada), mais colecionável da história.
Steve ficou sabendo que o Pez que os fanáticos colecionadores dos Estados Unidos pagavam milhares de dólares, eram fabricados na Europa e não eram importados pela Pez dos EUA.
Lá foi ele, bateu à porta da fábrica na Áustria, encheu bolsas e malas dos trequinhos pagando 27 centavos de dólar por cada um, voltou pra casa, foi parado na alfândega e descobriu que não era proibido levar as embalagens pros EUA, quantas forem.
E Steve se deu bem.
Muito bem.
Tipo imediatamente, já que os nerds colecionadores pagavam pequenas fortunas por 1 Pez, milhares de dólares por um negocinho de plástico que ele tinha pago 27 centavos de dólar.
Até que… fizeram esse filmaço informativo e muito divertido e a gente se deu bem assistindo.
NOTA: 1/2