O Homem de Roma seria o título nacional do espanhol La Piel del Tambor, um filme legal, que poderia ser muito bom, se não fosse a pretensão de quererem fazer com que ele tivesse cara de filme “internacional”, colocando espanhóis falando inglês, não se sabe o porquê.
O filme tem um dos meus plots preferidos: suspense, intrigas, espionagem na igreja católica, tudo ligado a lendas e segredos.
O filme começa quando o Papa recebe uma mensagem de um hacker dizendo que uma igreja milenar no interior da Espanha está prestes a ser demolida por causa de… adivinha… especulação imobiliária.
A gente vê isso em uma salinha secreta e super tecnológica no Vaticano onde padres comandam toda a rede tecnológica católica, o que já me deixou de pé atrás, porque um dos padres é vivido pelo galã de Merlí Carlos Cuevas.
Bom, relevamos isso e acompanhamos o padre mais bonitão do ano, o irlandês Quart (Richard Armitage de barbinha por fazer, sem camisa e fortinho, olha só), um ótimo investigador do Vaticano que vai pra Espanha entender o que está acontecendo e logo descobre que a Igreja de Nossa Senhora das Lágrimas está matando pessoas que tentam destruí-la.
Sim, o filme é sobre o “caso da igreja assassina”, como alguns personagens rindo do assunto.
Mas esse é o assunto e a investigação, que poderia ser legal se a trama fosse tão boa quanto a de 30 Moedas ou de O Código DaVinci.
Mas o homem de Roma não é espertão nem tão bonitão assim para tirarem o marasmo do roteiro, baseado em um livro que pelo que li, é muito bom, tem tudo o que falta no filme.
Uma pena porque as possibilidades aqui eram enormes mas o tempo que perderam pra fazer o povo todo falar inglês deveriam ter gasto no roteiro e em uma direção boa.
NOTA: