Uma Linda Vida é o novo filme dinamarquês da Netflix que está no primeiro lugar no mundo todo do gigante do streaming.
É um filme bonitinho e bobinho, uma comédia romântica musical que lembra uma caralhada de outros filmes bonitinhos e bobinhos feitos nos quatro cantos do mundo sobre Elliot, um pescador lindo, tatuado, que vive sem camisa e que canta, toca e escreve músicas como poucos.
Ele é “descoberto” do nada por uma super produtora dinamarquesa (sei!) que pra salvar a pele do bonitão, oferece uma bolada pra ele passar uns dias na casa/estúdio dela.
Olha a coincidência: a filha da produtorona é outra produtorona famosa AND linda que não quer trabalhar com o pescador loira mas CLARO, adivinha.
Uma Linda Vida é a típica comédia romântica que, como eu sempre falo aqui, a gente sabe como começa e como termina.
Mas a minha grande crítica é que Uma Linda Vida é um filme tão genérico que me deu mais raiva disso do que ele ser mal dirigido.
Uma Linda Vida custou caro, provavelmente, porque tudo é certinho, bem feito, com cenários legais, bem fotografado, com frases feitas de coach nas bocas dos personagens chaves do filme.
A cara de pau do filme é tamanha que usam e abusam do boniteza de Christopher, um astro dinamarquês que faz o pescador sem camisa que fica tanto sem camisa no filme que sua “par” romântica em certo momento pede pra ele vestir a camisa porque “chega, né”.
No meio do filme eu passei a assistir dublado e se ninguém tivesse me contado, eu poderia estar assistindo um filme brasileiro. Ou francês. Ou australiano.
Nada em Uma Linda Vida mostrou ser um filme dinamarquês.
Nem o bonitão cantor canta em dinamarquês, é tudo em inglês.
Se Isso me irrita e me deixa assustado porque esse tipo de cinema genérico, que a gente vê em tudo quanto é lugar de dinheiro, é o que acaba de uma forma ou de outra comandando o cinemão das massas.
Uma merda.
NOTA: