Thriller bem bacaninha vindo diretamente da Hungria com talvez o tema mais universal de todos: o golpe em idosos via telefone.
Neste caso, o avô de Rudi recebe um telefonema no meio da noite dizendo que alguém da sua família sofreu um acidente de carro muito grave.
Como o seguro do carro está vencido, o “policial” ao telefone diz que ele precisa de dinheiro para pagar as custas de hospital da família que está muito ferida.
“E não desligue o telefone, fique comigo enquanto resolvemos isso”.
Golpe em plena ação que obviamente dá certo.
O avô vai recolhendo todo dinheiro que tem em casa e dá à outra “policial” que vai buscar em mãos.
O avô muito preocupado, tem um treco quando momentos depois vê seu neto chegar são e salvo.
Com o avô no hospital, Rudi ainda descobre que além de todo dinheiro perdido, ele também entregou um relógio que era relíquia de família: tinha sido dado ao bisavô no front da Primeira Guerra por um companheiro que teve sua vida salva pelo herói familiar.
O sangue sobe à cabeça e Rudi move o mundo para ter a sua vingança já que, claro, a polícia não faz nada para aplacar a agonia da família.
O Neto me surpreendeu no roteiro esperto que vai desvendando aos poucos, com momentos espertos, como Rudi vai chegando cada vez mais perto dos golpistas.
Mas o toque de mestre do filme foi ter colocado na história um grupo de pessoas que caíram nesses mesmo tipo de golpe e que se encontra para trocar experiências e pensar como agir.
O Neto é um thriller bem competente com mais altos que baixos, com um ou outro personagem que a gente não entende sua função na história mas que por causa de um final muito bem escrito, tudo se amarra direitinho em um final surpreendente.
O que nem sempre é sinônimo de excelência, que fique bem claro.
NOTA: