Se não por mais nada, o drama gay neozelandês Punch é co-estrelado pelo preferido desta casa Tim Roth e só por isso já vale ser visto.
Mas o filme é também bonitinho.
Poderia ser melhor? Ô se poderia.
Mas Punch tem boas intenções com um roteirozinho bonitinho, muito bem dirigido pelo intelectual, neozelandês Welby Ings.
O filme conta a história de Jim, um moleque de 17 anos de idade, jovem lutador de boxe promissor, prestes a ter a luta que pode mudar sua vida.
Ele é bom desse jeito graças a seu pai Stan (Roth), treinador que já teve seu auge e que hoje vive na lama muito por causa de seu alcoolismo.
E com isso ele é violento, um pai abusador, duro demais mas que quando precisa tem o ombro amigo e as palavras certas para um filho que não só vive uma vida tensa com as cobranças de sucesso mas também está se descobrindo.
E quando Jim conhece Whetu, um garoto gay, artístico, livre, eles aos poucos vão descobrindo que suas vidas opostas são na verdade dois pólos de um imã que vai nos unir profundamente.
Punch é um poeminha adolescente, quando poderia ser um belo de um poema romanticamente-filosófico jovem adulto, o que em princípio não mudaria muito mas que aqui faria toda a diferença, daria todo o molho que falta ao filme.
Mesmo assim a diversão é boa mesmo assistindo um clichê depois do outro.
NOTA: