Esquema De Risco – Operação Fortune é a nova tentativa do cinema inglês de criar um James Bond novo.
Ou pelo menos um alternativo.
Para isso eles (o cinema inglês) chamaram o diretor da macheza, o hétero top, o ex Madonna Guy Ritchie.
A gente sabe que depois do primeiro (e talvez segundo) filme dele, Ritchie só faz filme ruim.
E desta vez não foi diferente.
Esquema de Risco é um risco que a gente não precisa correr.
O Operação Fortune do título deve-se ao personagem hétero top (oi) do Jason Statham, Orson Fortune, o tal do novo Bond moderno, que é uma mistura de 007 com Ethan Hunt do Tom Cruise de Missão Impossível.
Que, vamos e venhamos, é mais divertido que o 007 em si.
Aqui o filme começa bem: o governo inglês contrata um fulano (o príncipe Cary Elwes) fora do governo, para juntar uma turma para descobrir o que os vilões do filme estão tramando.
Uma coisa legal: o vilão é inglês, o odiado da hora Hugh Grant, depois de ser escroto no Oscar.
O bilionário escroto (auto referente) Greg Simmonds está servindo de intermediário numa transação bilionária de alguma coisa que ninguém sabe o que é.
Mas que envolve uns pilantras ucranianos bilionários de um lado e 2 nerds bilionários americanos de outro, comprando e vendendo tecnologia para acabar com o mundo?
Não sabemos, como os ingleses também não sabem.
A turma da 007, ops, do Fortune, tem um cara fortão que não seve pra muito, não entendi seu personagem além de ser um motorista JJ (o rapper Bugzy Malone que como ator só fez outro filme do Ritchie) e tem a maravilhosa gênia tecnológica Sarah Fidel, vivida pela Aubrey Plaza, que rouba o filme.
Esquema de Risco começa bem mas logo o roteiro se perde com o monte de personagens e lugares e situações e vai e volta e volta de novo e a chega uma hora que a gente não sabe mais quem é onde ou onde é o quê até que entra, quem diria, um perdido Josh Hartnett, vivendo um super ator de ação, Danny Francesco, que não serve pra nada no filme, sério, tadinho.
Eu tenho uma teoria: o Guy Ritchie e os outros 2 roteiristas de Esquema de Risco devem ter pego todos os roteiros de filmes do Bond, fizeram uma compilação e criaram o roteiro mais genérico possível.
Tá, o filme tem 2 surpresas bem boas mas de resto, é um apanhado de sequências que a gente já assistiu nos últimos 40 anos que não está no gibi.
Eu queria ter gostado mais dessa joça, mas o Guy Ritchie não coopera.
Tenho pra mim que a melhor obra do cineasta hétero top lutador fortão tenha sido mesmo seu filho Rocco.
NOTA: