Que dó!
Que dor no coração.
O horror escocês O Convento tinha tudo para ser ótimo e é uma bagunça.
O filme conta a história de Grace (nossa preferida Jena Malone), uma médica que recebe um telefonema do nada dizendo que seu irmão, há muito “sumido”, está morto.
Ela fica bem abalada e parte para o convento escocês onde ele vivia.
Lá ela vai descobrindo várias coisas sobre seu irmão e principalmente sobre o próprio convento que é liderado por uma Madre Superiora, claro, bem estranha e por um padre (o sempre quase Danny Huston) bem desgraçadinho.
Grace (sim, o nome dela é graça, nome mais católico e bandeiroso impossível) de cara descobre que o irmão não se matou, como queriam que ela acreditasse.
Ela descobre também que o corpo do irmão foi muito “manipulado” depois da morte, para atrapalhar a autópsia.
E em meio às coisas que o irmão deixou, Grace acha um caderno todo escrito em símbolos que ninguém consegue decifrar.
Mas Grace consegue, porque eram os símbolos que ela e o irmão usavam para escrever bilhetes um para o outro quando crianças e viviam em gaiolas (!!!) que seu padrasto os deixava.
E aí o filme começa a desandar.
Os flashbacks e a história pregressa de Grace e sua família horrorosa poderiam ser nada mais que memórias contadas por ela.
E o foco do filme poderia continuar no convento em si nos dias de hoje, onde o horror e o sobrenatural são muito mais interessantes que as parcas explicações que o roteirista e diretor Christopher Smith tenta dar.
Quando o povo vai aprender que flashback não serve pra contar história do filme não, serve pra gracinhas, pra dicas, pra micro segredos serrem revelados ou mostrados.
Smith usa e abusa dos flashbacks e o pior, se embanana todo nas lembranças. Ainda mais que sua personagem principal tem problemas de memória, de lembrar de detalhes de sua vida que vão sendo revelados.
E a coisa não para.
O diretor inventou tanto que chega uma hora que eu já não sei se o que estou vendo é real, sonho, memória ou invenção. E personagens vão aparecendo pra nada, em cenas inúteis.
Cadê o produtor executivo dessa coisa que não mostrou o que não precisava ser feito?
Imagino o que ainda tinha de material filmado que foi descartado.
Para ser bom, O Convento deveria ter pelo menos umas 3 horas.
Ou ser uma mini série de uns 5 capítulos.
NOTA: