Palm Trees and Power Lines foi pra mim uma porrada no estômago que vinha se mostrando aos pouquinhos e eu não queria acreditar.
Assisti esse filme achando que fosse outro e pra ser sincero não estava entendo muito o que estava acontecendo já que são filmes completamente diferente. Eu me confundi nos títulos e dancei.
Palm Trees and Power Lines é o filme mais “gatilho” do século.
Que horror.
Mas que pooota filme.
Lea é uma menina de 17 anos que, no ócio das férias de verão, de saco cheio de seus amigos, acaba conhecendo um cara com o dobro de sua idade.
Tom parece ser um cara bacana, sem maiores intenções em se aproximar de uma menina mas aos poucos a gente vê que as coisas não são bem assim.
E mais aos poucos ainda a gente vê que as coisas não são nada do bem assim e nada do que eu esperava ver num filme em 2023.
Mas a diretora Jamie Dack resolveu transportar seu curta, que estreou elogiadíssimo em Cannes, para o longa mais punk de todos.
O roteiro de Palm Trees and Power Lines beira a perfeição com personagens não só verossímeis mas com dramaticidade o suficiente para que até mesmo o mais coadjuvante de todos inicie um processo de reação extrema no espectador.
Lea, a personagem principal, é vivida pela ótima Lily McInerny que depois desse filme, guardem seu nome, vai direto pras cabeças das séries e dos indies e logo chega nos filmões.
Ela vai da menina boba a mulher ousada em um piscar de olhos.
Vai do amor ao ódio em uma virada de cabeça no banheiro do dinner.
Tudo isso porque o personagem de Teo, o maior vilão do ano, por enquanto, ganhou força e peso através de um cara que já deveria ter explodido, o maravilhoso Jonathan Tucker: que ator, que filho da poota!
A ousaida toda do filme se deve claro à ousadia da própria diretora que teve a manha de fazer um filme de abuso, pedofilia, estupro e muito mais sem que a gente vomitasse.
Na verdade faltou bem pouco pra eu vomitar, fiquei com o gosto amargo na boca por vários momentos.
Eu indico muito o filme mas vai um aviso: prepare-se.
NOTA: 1/2