Atenção: temos o primeiro filme gay maravilhoso de 2023.
E o melhor: é um horror gay!
Swallowed é um absurdo. Até 2 dias atrás eu só tinha lido a respeito desse filme em listas de festivais e mais nada.
De repente eu acho pra assistir e não só fico chocado como maravilhado.
O filme conta a história de 2 amigos que estão comemorando a última noite de Benjamin antes deixar o meio do nada onde mora para ir para Los Angeles e virar uma super estrela do pornô gay.
Dom, o amigo hétero de Dom, planejou uma surpresinha para o amigo: para ele não ir sem dinheiro pra cidade grande, Dom vai levar um carregamento de drogas ao final da noite através da fronteira do México, tudo jogo rápido, sem problema nenhum.
Só que nada é como ele pensou, já que está lidando com drogas.
Ao encontrar a fodona Alice, ele descobre que vai ter que engolir a droga que está acomodada em bexiguinhas bem fechadas.
Ah, e já que Dom levou um amigo, Alice, armada e perigosa, obriga Ben a também engolir umas bolinhas valiosas e os avisa: eles não podem passar por stress, nem mudar a temperatura do corpo, devem chegar ao destino no tempo pré determinado, expelir as bolinhas e as colocar em recipientes comt eperatura controlada.
Tudo muito estranho para umas bolinhas de cocaína ou heroína, eles pensam.
Só que ao chegarem ao lugar de encontro do outro lado da fronteira, Dom começa a passar mal, vai ao banheiro e acaba apanhando de um grandão homofóbico escroto e as coisas todas saem de controle.
Quando Alice chega pra encontrá-los, eles não só descobrem o que estão realmente carregando em suas entranhas como descobrem o quanto a carga é “delicada”.
E a gente acha que acabou?
Espere até aparecer o chefe de Alice, a bicha mais malvada e perigosa e desbocada e fria e calculista do ano.
Swallowed é agressivo, cru, desconfortável em vários níveis, graficamente explícito e com a maior quantidade de nu frontal masculino em um único filme desde sei lá, Calígula, talvez.
A ideia por trás do filme vem de uma mente bem doente, o que com certeza deve ter atrapalhado os planos de seu criador e diretor Carter Smith de conseguir dinheiro para realizar seu filme.
O bom disso tudo é que Smith deve ter ficado com sangue nos olhos que fez o que pôde e o que não pôde com quase nenhum dinheiro, usando as menores locações possíveis, transformando seu filme em um desespero claustrofóbico, além de todos os outros adjetivos citados acima.
Cerejas do bolo: a maravilhosa Jena Malone como a fodona Alice e o divo queer, muso do horror Mark Patton, como o chefinho desgraçadinho dos infernos.
Além disso, Smith não tem vergonha do que está fazendo, colocando em nossas caras, em closes bem explícitos, situações que a gente não está acostumado a ver em um horror nosso de cada dia.
Body horror dos melhores onde tudo é explícito, nojento, excitante, asqueroso, violento e absurdo ao ponto de por momentos, plural, eu pensar em dar uma pausa e ir respirar um pouco.
Mas vá em frente, assista, vomite (brincadeira), volte aqui e me diga se exagerei.
NOTA: