Eu juro que queria entender o hype da diretora Mia Hansen-Love.
Não consigo ver nos filmes dela nada do que o povo tanto ama, tanto baba e tanto acha que ela é uma das mais importantes vozes do novo cinema francês.
Pra mim ela é meio que uma Greta Gerwig, tanto como diretora mediana (pra não dizer medíocre) quanto no hype.
Uma Bela Manhã é o novo filme de Mia que não diz nada.
É a história de Sandra (Léa Seydoux maravilhosa como sempre e triste como nunca), uma mãe viúva, que vive com a filha em um cubículo, trabalh um monte como tradutora, tem um pai sofrendo de uma doença neurodegenerativa e que se apaixona por um ex-colega casado.
Sofrimento nível créu.
E só.
Nada na vida dela funciona, é incrível, até porque muito poderia ser resolvido se não fosse um roteiro meia boca com uma forçação de barra pra que nada se resolva mesmo.
E Sandra anda, pega ônibus, pega metrô, caminha, anda, quase corre, anda mais, caminha mais, não para, anda, passa na frente de tudo quanto é lugar em Paris e anda mais um pouco.
Acho que as cenas de andar, caminhar, foram usadas porque Mia não tinha mais o que contar no filme e teve que ter cenas de cobertura, porque olha, foi difícil.
E isso me incomodou muito, essa ideia de que por mais que Sandra se esforce, o seu “redor” faz com que nada na vida dela funcione.
O problema é que o redor no caso é esse roteiro que não ajuda em nada e Mia faz mais um filme anódino, como foi Bergman Island, mais um filme sobre relacionamentos que o roteiro ruim, as ideias ruins, as forçadas de amizade, não ajudam em nada o final e mais uma vez eu termino um filme dela prometendo não assistir o próximo.
NOTA: