Quanto terminou essa joça que é a cinebiografia da diva Whitney Houston eu só pensei uma coisa: que bom que a Universal cancelou a cinebio da Madonna.
Não tem jeito, o povo não aprende: quando forem fazer um filme sobre alguma super estrela da música ou façam alguma coisa do nível de Rocketman, que contou a história do doidão Elton John a partir de reuniões dele no Narcóticos Anônimos, ou façam um filme tipo Elvis, com o diretor mais chato e barroco e maximalista de todos e transformem o espetáculo que foi a vida do Rei do rock em um espetáculo tão grandioso quanto.
Mas não, depois do truque do Queen, que deu Oscar pro truqueiro da dentadura, o povo ainda faz filmes como esse I Wanna Dance With Somebody, com uma atriz ótima (a inglesa Naomi Ackie) fazendo o papel de uma cantora que mudou a indústria da música e teve uma vida de mais baixos que altos, graças principalmente aos seus excessos no quesito de entorpecentes de quinta categoria.
Daí vão lá e fazem mais um filme de planilha de excel, seguindo uma linearidade estúpida temporal com cenas que a gente pode encontrar no youtube e não perder mais de 2 horas no cinema.
Pra ser bem sincero, eu não me surpreendi em nada com o filme e nem fiquei chocado ao final desta porcaria porque tinha certeza que nada prestaria.
E nada presta.
Nem as perucas do Stanely Tucci que vive o empresário e mentor da Whitney, o também lendário Clive Davies.
Nem o figurino da Whitney que, diferentemente das recriações do filme do Elton, por exemplo, aqui parece que alugaram umas roupinhas de formatura parecidas com as que ela usou em momentos icônicos da carreira.
E mais uma vez acho que esqueceram de contratar alguém pra direção porque a Kassie Lemmons, que já vem de uma porcaria que é Harriet, errou mais uma vez na mosca.
Eu imagino o quanto esse filme deve ter tido de aprovação de família, empresário e o caramba a quatro, mas nada justifica sequências inteiras filmadas como se fossem para uma peça teatral de escola bem intencionada mas feita sem vontade nenhuma.
Só penso do quanto a Julia Garner se livrou de fazer a Madonna no filme escrito e dirigido e produzido pela fofa.
Chega.
Só não dei nota zero porque tiveram coragem de mostrar que a Whitney foi por anos casada a Robyn, o amor da sua vida.
NOTA: