Please Baby Please é o tipo de filme que eu não consigo entender porque existe como existe.
Explico.
O filme tem uma ideia até que interessante de roteiro e tem um elenco incrível mas é uma porcaria gigante pelas escolhas da diretora Amanda Kramer.
O filme é uma comédia de fantasia musical colorida que tenta parecer que foi feito no pseudo underground de Nova York em 1981.
A diretora mirou em Liquid Sky, a ficção científica alien drogado mais cult de todas mas acertou nos clipes da MTV da época cheios de neon e gente bem vestida, com roupa passada com vinco.
O filme é estrelado pela musa Andrea Riseborough que vive Suse, que é casada com Arthur, vivido pelo ótimo Harry Melling.
O casal presencia um crime e começa ser perseguido por uma gangue, os “greasers” (numa das referências mais erradas do ano), o que, pior, ainda leva o casal principal a repensar suas ideias de sexualidade.
Toda essa estética e pseudo reinvenção da forma e pouco de conteúdo faz do filme uma perda de oportunidade principalmente pelo elenco e pela produção bem cuidada.
Errada, mas bem cuidada.
A forçação de barra queer do filme me irritou já nos primeiros 15 minutos e quando eu pensava que as coisas melhorariam, engano meu, a diretora pesa a mão em tudo que ela pode, inclusive tentando fazer um filme lgbtq num clima de apropriação pura.
NOTA: