Dizem por aí que o inferno está cheio de boas intenções.
Under My Skin é um filme cheio de boas intenções.
Ou melhor, o diretor David O’Donnell estava cheio de boas intenções quando realizou este indiezinho sem vergonha que conta a história de Denny (Liv Hewson) e Ryan, um casal que não poderia ser mais oposto.
Dizem também que os opostos se atraem mas, de novo, não aqui.
Denny é uma cantora, toco em bares por trocados, quando recebe, e Ryan é um advogado que frequenta esses bares e por acaso prestou atenção na cantora e insiste em sair com ela.
Um drinque viram 2, que viram uma constante do almofadinha visitando a artista até que ele insiste que eles morem juntos.
Mas tudo isso sem alma, parece que o diretor O’Donnell não estava com vontade de filmar e nem prestava tanta atenção ao que estava sendo feito, a começar pela fotografia horrorosa do filme.
E talvez a algo que se possa ser chamado de direção de arte, que horror.
Pra piorar tudo, Denny, a cantora, aos poucos vai se descobrindo trans e o tal diretor tem a “brilhante ideia” de usar diferentes atrizes nas talvez, não sei, diferentes fases de Denny transicionando.
Até que ele volta com a primeira atriz com a peruca mais ridículo do universo das perucas, um desserviço, uma piada até, que me deixou muito incomodado.
Resumindo: o filme é mal dirigido ao extremo, com ideias idiotas, é feio pois mal iluminado e mal fotografado e como disse lá no começo, é cheio das boas intenções equivocadas demais.
NOTA: